quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Lembranças finaldeanísticas

Sim, elas quebram nossas pernas.
Sim, elas acabam com nossos bolsos.
Sim, consomem paciência e criatividade.
Sim, todo ano acontecem.
E sim, ao meu ver são necessárias.
São elas!
As lembranças de final de ano.
Aí vocês pensam "é fácil pra ela que nada em dinheiro, criatividade e sabedoria..."
Ilusão.
Eu não nado em dinheiro, eu planejo.
E depois de ter filho, aprendi a planejar mais ainda.
Com tirania até.
Já a parte da criatividade e sabedoria....ahahahahah
Mas acontece que encarar essa época do ano, só muito bom humor.
E eu, que adoro complicar as coisas, dou uma super importância para dois itens básicos: ATENÇÃO e CARINHO.
Logo, os presentinhos de final de ano para os queridos que convivem com Isaac são indispensáveis.
Nos anos de berçário eu me afoguei numa quantidade infinita de berçaristas, tias e professorinhas.
Ano passado, lembro bem, foram 8 panetones.
OITO.
E aliás, panetone/chocotone/bolos/biscoitinhos que lembrem o Natal são ótimas pedidas.
Primeiro porque é difícil errar. Segundo que os preços ajudam.

ENTÃO VÃO AQUI UMAS DICAS!

- Já presenteei com panetone. Que dependendo de onde se compra dá pra encontrar promoções bem bacanas.
- Já distribuí saquinhos com biscoitinhos em forma de estrela, lacinho de fita e muito charme.
Aliás esse lance dos biscoitinhos é ainda melhor para aquelas dotadas de destreza manual. Dá pra fazer numa boa em casa e embalar de maneira carinhosa, até com um pequeno desenho feito pela cria.
Como eu não sou lá muito amiga do forno, comprei na padaria mesmo, embalei em saquinhos transparentes e caprichei na fita. Só pra dar uma personalizada coloquei cartãozinho com o nome de cada presenteado.
- Já dei bijuterias delicadas. Nesse caso, eu reparei bem no gosto das presenteadas e fiz questão de que todos os itens fossem bem semelhantes para não parecer que uma era mais querida que a outra. E ó, achei coisinhas lindas e de qualidade por preços bem bacanas.
- Esse ano serão caixas de chocolate decoradas para o Feliz 2012.
Como são só 4 (ufa...) professores e o tempo está mais curto que nunca, fui de tudo já pronto e só coloco os cartõezinhos mesmo.

MAIS DICAS AINDA...

Andei futucando na internet e encontrei coisas bem legais.
- A Dani, peruérrima, diz que faz brigadeiros muito bem. Pensei então numa caixinha com brigadeiros (o que é um ótimo presente pra mim) que podem ser confeitados com granulado normal ou estrelinhas, dourado e toda a sorte de produtinhos açucarados que se encontra por aí.
- Dessa dica pensei no meu tão querido brigadeiro de colher, em versão potinho, nham... Que fica lindo se colocado em vidrinho ou pote plástico (facilmente encontrados nas lojas de 1,99)
- O maridex da Rô, do Piscar e do MMqD, deu receita linda de cookies.
- Vasinhos de plantinhas cheirosas como hortelã e lavanda.
- A Cynthia, do Fala mãe, dá muitas dicas, inclusive uma que amei de encapar pranchetas com retalhos de tecidos floridos.

Enfim,
com criatividade, tempo, pressa, pronto ou feito em casa... o que vale é o carinho.

...

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Fazendo surpresa

Mais uma fase.
Passo por mais uma e venho aqui dividir.
Divido porque essa troca é que nos conforta, né?
E também pra eu não me sentir uma mãe ET de um filho alienígena.
E a fase?
Aaaa... a fase é a a da surpresa.
Isso.
Isaac descobriu o significado da tal palavra e manda ver.
Em tudo.
Outro dia saímos para comprar lembrancinhas finaldeanísticas para os prefessores.

- Isaac, temos a teacher, o professor de ginástica e mais duas professoras queridas.

- É.

- Não tem mais nenhuma professora que você queira dar presentinho? (já que ainda temos as auxiliares do banho, da soneca e do lanche, ufa)

- Não. Só Fulana, fulaninha, fulano e fulanex.

- Ok. - Concordei dando um ufa Graças a Deus que a lista é beeem menor que a do berçário.

Pensei bem, analisei todas as possibilidades de presenteados, já que voltar ao shopping essa época do ano só em caso de vida ou morte. E eu tô saindo de férias, né? Tô cheia de tempo assim e nada pra fazer, louca pra enfrentar um shopping center.... ahã...

Chegamos em casa, fui tirando os embrulhos do carro e enumerando junto com filhote, pra treinar os números e participá-lo da coisa toda.

- 1,2,3 e 4.

- Tá faltando um, mamãe... o da ota teacher.

- o_O

- Eu tenho duas teacher...

- A é? - imaginem aqui a minha cara de "realmente sou uma péssima mãe e totalmente por fora da rotina escolar do meu filho, como assim não sei quantos professores ele tem????"

- É.

- E porque você não disse pra mamãe lá na loja? - me segurando pra não perder a boa...

- É que eu quelia fazer surpesa... SURPESAAAA!!!!!

...

Agora me diz.
Explicar como que tem coisas que podem ser surpresa e outras nem tanto?

...

(Esclarecendo: Isaac não tem duas teachers e eu não sou uma péssima mãe. Acontece que a cria se dá super bem com a professora de inglês dos alunos da turma mais velha e acha que ela é teacher dele também. Ponto. Não volto mais ao shopping esse mês)

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Cama compartilhada.

O termo "cama compartilhada" é um tanto novo pra mim.
Mesmo eu compartilhando, carregando Isaac pra minha cama desde sempre, eu fazia da forma coloquial: "dava uma beira", "chamava pra juntinho", "deixava ele curtir o meinho" e afins.
Tá.
Compartilho sim.
Não acho errado, aliás é certo demais dentro do conceito que tenho de criar a criatura.
Mas compartilho com moderação, digamos assim.
Não é toda noite, não é sempre e tem lá que carregar alguns motivos.
Esse cuidado tem como norte algumas razões básicas:
Ficar agarradinha com o filhote é uma delícia, até ele colocar a capacidade de só dormir atravessado na cama em mode on.
Sentir cheirinho do baby enquanto dorme é mágico, até ele vazar em você 30 minutos antes do seu despertador tocar.
Receber carinho do filho é lindo, até que o carinho com o marido fique diminuído.
Entende?
Limites.
Isaac sabe sim que pode ir pedir beirinha na minha cama. E o safado me chama de "amooooor" quando o faz de madrugada.
Mas sabe também que não é toda noite.
Tem dias que me chama lá do quarto e pede que eu fique com ele. Tem dia que aparece do meu lado. Tem dia que me chama já pedindo se pode pular pra minha cama.
Ele testa, eu também e a gente aprende junto.
Mas e aí?
Qaundo então pequeno ganha o plus cama da mamãe?
Não é regra, tá?
Mas tem sido assim:
Tá doentinho, mais carente? Compartilhamos
Teve dia agitado ou passou por experiência não-bacana? Compartilhamos.
Acorda com medo, sonho ruim? Compartilhamos.
Vazou? Limpamos e compartilhamos (e aqui é uma questão prática).
Saudade? Mamãe carente? Papai viajando? Compartilhamos. Ô.
Mas sabem o que é melhor?
Fazer essa divisão de espaço sem culpa ou já esperando que vá criar um trauma ou uma dependência psicológicamente errada.
Compartilho porque é bom. É gostoso. Nos faz bem.
E pronto.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Do berço pras camas: descomplicando o processo

E então Isaac é menino desberçado.
Ahã. Conta uma novidade, Carolina...
Mas acontece que de junho pra cá, já são duas camas.
Duas fases diferentes.
A primeira, que foi a transformação do berço, já estava pequena demais pro agitos noturnos do Isaac.
O colchão já pedia aposentaria pelo amor de Deus.
Logo, ele ganhou uma cama de gente grande.
Com caminha auxiliar pra quando "o amigo for dormir em casa".
A "camona" ainda pede uma grade, mas que mãe não adora um resquício da fase anterior?
Quarto é cada vez mais de menino. De moleque.
Ursinhos de pelúcia mais esquecidos dentro do armário.
No chão agora reina um caminhão, cuja caçamba carrega pecinhas, bonequinhos, lanterna e toda sorte de meios de transporte.
Livros preferidos agora são de conteúdo dinossauristico, numerístico e piratístico.
O Elmo já não desce mais da estante.
Enfim... com todo o drama que me cabe, já posso me ver dando de cara com a porta trancada e o som alto lá dentro, mas ok, sobrevivo.
Só que esse post vem com uma dica.
Dica porque conversando com outra mãe (desesperada por conta do filho que odeia a caminha nova) na fase do desberço, vi que posso estufar o peito e dizer "venci".
Então, já que é assim, posso falar.
Posso, né?
Primeiro que Isaac é super bem resolvido com o lance da cama, não tem medo e a coisa é tão natural, tão sem frescura...
Segundo que é bem difícil ele sair do quarto dele e ir lá pedir "uma beirinha" na minha cama.
Acontece sim, mas muito pouco.
Tombos? Um ou dois, sem sequelas.
E como foi?
Descomplicamos o processo.
Só isso?
É.

- Tomei as rédeas da situação, perdi o medo e desapeguei da segurança das grades que o berço oferecia.
- Entendi e fiz entender lá em casa que não é apenas sair do berço e dormir na cama. A coisa é complexa e merece atenção.
- Situei Isaac conversando e explicando sobre sair do berço, ganhar uma cama e se livrar das coisinhas de bebê.
- Fiz com que ele se sentisse parte integrante do processo, escolhendo quadrinhos, questionando e gostando de tudo aquilo. Até no dia que fomos pesquisar preços da camona, mesmo sendo um programa chato pacas, ele foi junto, deu seus palpites.
- Não desisti. Nem quando a vontade era de dormir lá com ele ou de deixar ele dormir comigo.
- E por fim, ter pra si que o quarto (o meu, o seu, o nosso) deve ser um ambiente agradável, seguro e feliz.

...

Aí, você mãe sofredora, deve estar me fuzilando: "Seu filho é coisa linda, né Carol?!?!? O que eu faço com o meu que vai pra minha cama 100 vezes por noite?? Me acorda, chora, quer ficar comigo?"
Ok.
Não sou especialista, né?
Não sou mais ou melhor que ninguém. Muito pelo contrário. Aprendo todo dia, toda hora, sempre.
Mas o que EU fiz nos períodos que Isaac vinha pra minha cama foi ter calma e paciência.
Levantava e o levava de volta. Muitas e muitas vezes.
Aí percebi que devia haver um motivo para ele não querer ficar no quarto dele.
E o que fiz foi deixar o ambiente mais legal.
As histórias pra dormir acontecem desde sempre lá em casa.
As cantorias também.
Mas o blefe é que conta.
Durante algumas noites, quando ele pedia pra história já ser feita na minha cama eu blefava.
Os livros que iam pra minha cama eram os mais chatinhos. Os que ele menos se interessava.
Os do quarto dele eram os mais legais.
As histórias "da cabeça" idem. Eram mágicas no quarto dele e curtas e sem sal no meu.
Sacou?
E funciona.
Fora isso, recomendo muito não brigar, não conciliar o dormir na cama com sentimentos frustrantes e deixar acontecer.

Beijocas e boa sorte

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Michael devia ter pedido historinhas para dormir

E então que ter um filho observador as vezes sempre todo dia toda hora nos deixa de queixo caído.
Mesmo eu me policiando pra não corujar excessivamente e nem ver tanto de extraordinário nos feitos da cria, tem horas que não dá pra segurar.
Fora que a sabedoria infantil, simples e direta, nos prega peças boas de se viver.
Babei? Já?
Agora conto o causo.

Cheguei na vovó para buscar Isaac e a TV estava ligada. Jornal passando.
Ele me deu um beijo e todo sério começou:

- Mamãe, eu peciso te explicar uma coisa.

- Iiiiiii..... vovó aprontou de novo - Pensei eu toda nervosinha, mas me segurei apenas olhando firme pra ele.

- Sabe o Michael Jackson?

- Sei filho. Ouviu música hoje?

- Não. É que o Michael Jackson tomou um remédio errado pra dormir e morreu.

E o que essa velha anda deixando meu filho assistir?????
Não. Não gritei nem tranquei a sogra na masmorra, mas dei sequência a conversa.

- É Isaac? Morreu?

- Morreu. Mas ele não pediu historinha pra dormir. Se ele tivesse visto historinha ele não tinha que tomar remédio.

E explicou assim, movimentando braços como se desse aula em uma sala cheia de universitários.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Sim, eu trabalho. E gosto.

Gosto de fazer posts como o de ontem.
Primeiro que me ajudam a colocar pra fora sentimentos tão intensos e confusos.
Depois que a gente recebe o calor solidário dasamiga. O que não tem preço.
E mais. Ainda vejo que não estou sozinha e até dou risada do drama.
Pra compeltar há a oportunidade de se conhecer melhor. A gente e as queridas leitoras.
E também, pra encerrar a lista de benefícios, ter a oportunidade de se colocar, se encaixar e também esclarecer.
E dessa maneira, esclareço as coisas para mim também. Me organizo dentro de mim.
No post de ontem recebi comentário cutucante.
A Lu, do Descobertas, confessou que achava que eu não trabalhava.
Aliás, Lu, do jeito que disse, acho mesmo que você tinha certeza absoluta de que eu não fazia é nada nessa vida....hahahahahah
Acontece que eu sou pessoa multitarefas, e tive essa confirmação pelo seu comentário. Muito obrigada.
Trabalho. Trabalho sim e gosto muito.
Aliás, sempre trabalhei.
Dos meus 12 anos pra cá, e olha que não foram poucos, eu sempre me vi fazendo alguma coisa produtiva.
Desde a locadora de video game até a jornalista/radialista que vos tecla, fiz de um tudo.
E não me arrependo. De nadica.
Fui balconista, entrevistadora de pesquisa, compradora e vendedora, professora. E agora me divido entre dar umas aulinhas, jornalistar no rádio e dar alguns pitacos na assessoria de imprensa que me resta.
A rádio.
Já estou aqui tem 6 anos. SEIS.
Na produção, reportagem, edição e apresentação.
Sim, meninas. Sou a voz feminina de um noticiário diário, que tem duas horas de duração. Ao vivo.
E adoro.
Mesmo.
E trabalhar em rádio, num programa que começa as 6 da matina, me dá a vantagem do pouco sono porém tardes livres. Começo cedo e termino cedo.
Saio do trabalho a tempo de pegar filho na escola.
E além disso administro uma casa com tudo o que ela tem direito, inclusive dois cachorros e todos os ninhos que forem feitos em nosso jardim.
Tenho pai, mãe e irmãos. Sobrinhos e cunhadas.
Tenho vontades e necessidades de mulher como cortar o cabelo, fazer unhas e depilar.
Tenho maridex que adora um papo, nem que seja corrido pelo messenger.
E tenho que fazer supermercado, padaria, quitanda, parquinho, passeio e rolar no chão.
E ó, que enquanto posto esse texto estou ouvindo duas rádios diferentes e louca no horário do treino livre do GP de Interlagos.
Me mata?
Não. Me faz viver.
E até então, com a vocação para madame que me falta, mais fortalece do que cansa.
...

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Me entregando ao papo brabo: carreira.

Neste mais de um ano de blog eu pouco falei sobre meu trabalho.
Sim. Devo ter reclamado pacas. Devo ter me culpado pacas. Mas nunca (acho eu) fiz post especificamente sobre como minha escolha profissional afeta briga com o lado maternal.
Ok.
Adoro o que faço.
Ok. A empresa me apóia no lance todo com o Isaac.
Ok. Já conquistei meu espaço por aqui.
Ok. Tenho horário flexível.
Ok.
Tudo vai bem até que filhote fica doente.
Aí cai tudo por terra.
Aí da vontade de rasgar o uniforme e ser "só" mãe.
Dá vontade de me livrar dos horários e viver para meu filho.
Não ter que deixar ele chorando de braços estendidos pedindo companhia.
Não ter que ficar dividindo cérebro, atenção e disposição lá e cá.
Sim. Já tive N oportunidades de largar tudo.
Mais N ainda quase lá de largar tudo.
Mais culpa, logo mais dúvida.
Porque essa danada é inexplicável e não ajuda na resolução dos problemas.
Isaac já tem 3 anos.
E desde a licença maternidade escolhi continuar trabalhando.
Eu decidi que seria melhor pra todos nós que eu continuasse produzindo fora de casa.
Nâo me arrependo.
Mas também tem horas que não me entendo.
Sei que é fase. Sei que terminado o antibiótico tudo volta ao normal.
Sei sim.
Mas fica aquela pontinha sabe?
Aquela que, a cada nova otite/amigdalite/febre/mal estar, vai ficar me cutucando. Me colocando à prova.
Me fazendo sentir #demerda a cada saida matinal.
Me fazendo sentir desnaturada a cada dia do integral.
E aí?
Ao mesmo tempo sei que concilio com maestria essas duas vidas. A de ser mãe e a de ser profissional.
Não é fácil. Aliás, além de difícil é doloroso tem horas.
Doloroso porque fico toda satisfeita tanto quando elogiam o Isaac ou quando dizem que me ouvem toda manhã.
E na minha cabeça (ou numa parte dela) não deveria nunca haver tal comparação.
Mas há.
E há várias semelhanças também.
E vocês devem saber bem qual são.
E devem entender também esse desabafo materno.
Certo?

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Super poderes

Tá.
Já falei mil e não sei quantas vezes dos super poderes que a vida nos dá quando atingimos a maternidade plena, ou parte dela.
Ok.
E isso também não é lá novidade para as leitoras deste blog. São quase todas mães. E ensuperpoderadas.
Mas esse negócio de ser mãe de menino nos faz sim ter mais contato com os superS todos.
Mesmo que a gente evite desenhos e brincadeiras violentas em casa não adianta.
Da Turma da Mônica ao Peter Pan, todo mundo tem o seu.
Logo, Isaac já descobre qual é a sua praia nessa Liga da Justiça da Loucurinha da Infãncia:

- Filho...

- Oi papai?!

- Você sabia que eu te amo???

- Eu sabia sim.

- E como é que você sabe?

Parou, pensou por alguns segundos e pronto:

- É que eu tenho super poderes.

Ploft!
O poder da fofura, né?
...

Sei que ando mais sumida que de costume, mas volto, tá?
Beijo enorme a todas vocês.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Sobre os pêlos e a nóia materna

Nós de carro e criaturinha da cadeirinha no banco traseiro me assusta:

- Mamãe!!!! Mamãe!!!!

Já dou aquela olhada pelo retrovisor e pergunto o que acontece, já com aquele desespero materno louco que habita dentro da gente.
Filho responde da pior maneira possível:

- Olha aqui mamãe! Olha! Nas minhas pernas!

E o trânsito flui. Só meu coração que não. Influenciada pela nóia materna já imagino bichos, feridas e toda a sorte de coisa negativa.
Paro pra pensar um pouco, rezando por um sinal fechado, e pondero que se a coisa fosse feia Isaac estaria chorando.
E ele insiste:

- Olha mamãe! Olha aqui! Ai minhas perninhas....

E faz aquele drama que não sei com quem aprendeu.
Acho uma brecha na rua movimentada do pré-feriadão, encosto o carro e me viro:

- O que foi nas pernas Isaac? Dói? Coça? Arde? Elas ainda estão aí????

Ele olha bem pra mim, com as sombracelhas erguidas (já disse que aí danou-se, né?) e manda:

- Já tem pelinhos nas minhas pernas! Olha mamãe! Pelinhos!!!!!

E sorri todo orgulhoso.
Eu também, né? Fazer o quê?
Desci do carro e amassei alí, aproveitando que o cinto da cadeirinha é coisa nossa.

...

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Atualizando as coisinhas dos 3 anos

Tá que hoje tô mais calma.
Com mais sono também, mas calma.
E a vida é assim, né gente?
Uma graça também.
Ainda mais quando se tem filho de três anos de idade.
Aí vira uma comédia.
Daquelas boas, mesmo.
Isaac agora curte Metallica.
O disco acústico, mas curte.
Outro dia maridex veio todo louco e babando mais que o normal contar que colocou filhote no carro e quando olhou pra trás viu menininho loiro e sorridente balançando os braços pro alto, como se estivesse num show da banda.
E reclamou a hora que o pai desligou o som.
E os gostos mudam.
Ontem mesmo mostrei a ele clipe da Adriana Calcanhoto e revelei que aquela era a Partimpim que ele tanto ama.
Ou amava.
Olhou bem pra mim, troceu o nariz e perguntou "Quem é essa daí, mamãe?", como quem diz "essa fase já passou, velhota, não viva de saudosismo".
Ao mesmo tempo que canta NO NO NO com a Amy e seu "Rehab".
Assim como dançar "thriller" e cantarolar "yellow submarine" agora fazem parte do repertório atual.
As brincadeiras também.
Mesmo que piratas ainda sobrevivam ao tempo, agora eles contam com up grade no aplicativo.
Dão piruetas e falam em inglês, respondem uns aos outros e ficam de castigo se não param em pé no barco ou metem o gancho onde não são chamados.
Quintal é espaço pequeno e o parque do condomínio não ocupa mais uma tarde inteira.
Nem a mamãe é mais solicitada para todas as atividades.
E a vida continua linda.
O tamanho da cama aumentou e as barras ficaram curtas. As meias e cuecas ganharam novas carinhas e os livros de páginas mais grossas ficam mais tempo na prateleira.
As fraldas são cada vez mais escassas e a gente vai com calma.
Agora se ouve com maior frequência as preferências e os "eu quero" vem cheios de argumentos.
As atitudes são muito mais dele do que nossas.
Ainda é nosso reflexo mas já sabe bem o que quer.
Ontem correspondeu ao abraço de menininha querida com um carinho leve no rosto dela. E ficou com vergonha como todo menininho dessa idade. E saiu pra ver os maiores jogando video game como todo menininho dessa idade.
E também não ficou mais grudado na gente, só corria pra pedir água ou tirar alguma dúvida técnica.
De forma simples e mágica.
Mas ainda chora.
E quando chora quer o colo da mãe.
E quando não se sente bem, como nessa madrugada, me faz lembrar do recém-nascido e sentir dó de mim.
Por não ter um colo que cresça também.
...

E ó eu falando do tempo de novo....

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Reflexões de fim de ano. Hein??????

Puts...
Esse blablabla de novo.
Vamos traçar metas. Vamos pensar no ano que vai nascer.
Vamos, vamos, vamos.
E querem saber com a mais pura e simples sinceridade?
Tô sem saco.
Nem um pingo.
Como disse ontem, a onda natalina já invadiu minha cidade e minha casa.
Árvore de Natal montada e tudo ok. Montei sozinha mesmo ontem entre uma brincadinha e um "segula mamãe" do Isaac que adorou a idéia de subir nas coisas pra tentar ficar do tamanho da árvore.
Tem mãe baixinha e os exemplos são tudo.
Tá.
Mas e o final do ano?
Novembro, meu bem, está passando à jato.
Outubro eu nem vi.
Hoje já é dia nove.
Estou numa contagem regressiva louca (e cheia de culpa, o que talvez explique esse post insano) para as minhas férias e já planejando nossa viagem com filhote pro ano que vem.
Talvez em abril.
E abril, com certeza, chega logo logo.
E aí?
Dá pra viver essa pressa toda?
E ainda por cima sem estressar? Sem olhar pra trás e ver que nem todos os seus planos pra 2011 foram concretizados. Que bem que você tentou mais foi vencida pelo tempo e pela enorme quantidade de desculpas que a vida oferece? Ou que você acaba oferecendo a ela?
Sei.
Tô pessimista hoje.
Tô achando uma loucura Isaac chegar da escola cantando "Papai Noel, Papai Noel, meu amigo mais fiel".
É lindo, mas ontem mesmo foi agosto e eu estava rodeada de idéias pras festinhas da cria.
Pode isso?
Sei que pode.
Sei que os anos passam quase sempre com a mesma quantidade de dias, horas, minutos, segundos.
Sei que um ano é um ano, mas vá lá...
Passou.
Não posso reclamar e nem é isso que estou fazendo.
Aconteceram coisas legais, estou melhor a cada dia e Balzac explica bem isso, mas passou.
A sensação é de que eu pisquei e fui parar em nove de novembro.
E amanhã?
E ontem?
O que eu tenho feito desses dias todos que sempre parecem curtos?
Sei lá.
Pirei.
Só pirei.
....

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Montando a árvore (ou acabando com a mamãe)

Tá que já é Natal?????
E eu que esperava dezembro pra começar a respirar vermelho-dourado-branco....
Imagina, dezembro, já tá é tudo dominado.
Aqui na city não tem mais uma loja sem velhinhos grisalhos barbudos, bonequinhos de neve e duendezinhos pulantes.
Bola colorida na geral!
E aí que a minha vizinha é da turma dos adiantadinhos e pronto.
Isaac viu luzinhas piscantes no jardim dela e lá vai a mamãe desencaixotar árvores, enfeites e fitas.
Chegamos da escola ontem com a missão natalina a ser realizada.
Espalhei Papai Noel pra tudo que é lado. Cada mesinha ganhou sua versão fofa do Bom Velhinho.
Óbvio que cria é mais interesseira e já está sondando que jeito/onde/como assim é que ele vai deixar seu playmobil já devidamente pedido.
E eu, boba nada (ou um tanto boba demais da conta), falei que Noel só deixa os presentes na árvore. Entããããão Isaac ia ter que me ajudar com o encaixa-encaixa dos galhos verdes espetantes.
Tolinha....
Mesmo com música na sala e toda uma sorte de enfeites pra ele se entreter enquanto eu me acabava (e acabava com o esmalte capuccino lindo dessa semana) com o zilhão de galhos e afins, filhote resolveu encarnar o Homem Aranha.
Escalou todos os móveis da sala, pulou deles, rodou, girou, fez sonzinhos violentos com a boca (tipo ptchiu ptchiu, booom, poft!), correu atrás dos cachorros, mexeu em tudo, mudou a música, corria pra lá e pra cá.
Enfim, curtiu.
Do jeito dele.
Mas cá entre nós? E que Papai Noel não nos ouça... Montar árvore de Natal é chato. Pacas.
(e só de pensar no desmontar então... me dá calafrios)

....

A árvore? Está lá ainda, toda verde, rodeada por caixas e caixas de enfeites.
Hoje tem mais.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Ator de novelinha mexicana

Que mãe é dramática a gente já está até cansada de saber.
Que eu sou criatura chegada numa tragédia, ô que já sei e acho até engraçado (tá, só às vezes).
Mas pimenta nos olhos dos outros é refresco.
Fato.
Mais fato ainda é que Isaac começou com a fase "Pobre de mim".
E ele usa bem o que aprendeu (onde será?).
Fica uma graça com seus beicinhos e momentinhos de novelinha mexicana.
E sim, essa fase - como todas as outras - deixa de ser fofa em alguns momentos.
Saca o drama:

- Isaac, meu filho! Cuidado com o cortador de unhas, você pode se machucar!

- Ninguém liga para mim..... snif, snif...
(junte aqui os bônus cabeça baixa + beicinho + mãozinhas se apertando)

- Isaac, filho... Já expliquei que não pode bater no Iron... Bora pro banco pensar! Tres minutos hein???

- Eu odeio essa família!
(junte aqui pés batendo fortemente no chão e volume alto)

Aí outro dia levantei da sala e expliquei que ia até a cozinha preparar um suco.
Pra variar ele não me ouviu.
(alguém aí me explica porque raios eles não prestam atenção na gente??????)
E logo começou a berrar, querendo saber onde eu tinha ido.
Ouvi um resmungo e fiquei de canto, espiando a reação da cria e olha o que ouvi:

- Será que ela teve coragem de me deixar aqui sozinho?
(junte aí uma mão na cintura e a outra coçando a cabeça)

Quem aguenta????

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Conversa de bar (ou de pai)

do google

Essa semana tive o prazer de sentar com gente querida pra tomar um choppinho.
Ótimo programa.
Ainda mais que pude levar filhote pra jantar em barzinho da minha adolescência, a batata recheada que eu comia naquela época.
Hoje, que ela se transformou numa temida bomba calórica fico eu com o choppinho e o papo.
Mas não foi pra isso que comecei esse post.
Longe de mim falar de batatas e dietas. Muito menos daquela época.
O que me cabe hoje é atualizar os papos.
Mais experiente ficamos, aceitemos, os temas mudam um tanto.
E tá que me vi na mesa com três tipos de homem.

Denominemos assim:
Maridex: já pai há 3 anos;
Dindo querido: sabe-se lá quando Tia Querida (ou Deus) dará a ele esse presente, o da paternidade;
E amigo em comum: recém parido pai, de um menino de 3 meses.

E não sei em que ponto da noite, o papo caminhou pro lado paterno.
(e como se só as mães ficassem blablablazeando sobre as crias e a maternagem... ah tá)
E eu tirei a atenção dos brinquedos pulantes do Isaac pra ser ouvinte daquilo tudo.
Eis que ouço do recém parido pai:

- Nos 40 primeiros dias do bebê em casa a gente muda. Acorda super fácil, levanta primeiro que a mulher, quer ajudar, fazer tudo. Mas depois desse tempo as mulheres ficam experts e entendem tudo: o que é cada choro, fome, cólica, manha. A criança só acalma no colo da mãe e elas tiram de letra.

Aí me vira maridex:

- E não é? A gente fica meio de fora, sem ter o que fazer. Fora que acordar de madrugada pra quê? Os filhos só querem o peito mesmo e isso a gente não tem.

Recém parido pai continua:

- Nós tivemos o complemento com mamadeira desde o começo e nisso eu tinha que ajudar. Mas elas entendem bem mais e a gente fica sem função.

Maridex empolga na explicação:

- Aí o filho chora, a gente tenta de tudo e depois de uma hora ela pergunta "você tentou o remédio no nariz?" e putz! a única coisa que não tinha tentado ainda e ela mata na hora.

Enquanto isso, Dindo Querido se dividia entre uma risadinha e ensinar Isaac a equilibrar um palito de dentes no nariz. Tia Querida estava um pouco atenta a conversa, mas como não-mãe-ainda ria e prestava atenção na coisa toda.

Mas aí veio o desfecho da conversa, do recém parido pai:

- É isso mesmo, aí a gente retoma o sono pesado e volta a dormir a noite toda. Uma espécie de vingança por elas saberem tanto.

E riu. Riu alto. Gargalhou até. Junto com toda a mesa que não deixou de ver graça na explicação.
Confesso eu que- com todos os olhos esbugalhados e pontinhas de raiva que me couberam alí naquele momento -  tive que concordar.
...

Ótimo final de semana pra todos nós.
Com muito chopp, conversa boa e muito sono.
Amém...

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Dica de viagem? Um monte!


Bora viajar?
Planejar as férias do final de ano?
Sair pra curtir com a família?
Quem não gosta?
Eu adoro.
Ainda mais quando vem alguém e me pergunta sobre as nossas idas e vindas.
Aí é que eu viajo mesmo. Falo, mostro foto, faço piada e pitaqueio.
E lá estamos nós.
Viajando no "Guia Quatro Rodinhas" que a revista Claudia Bebê publicou na edição out/nov.
Além desta que vos tecla, a matéria traz as dicas da Sut-Mie, da Pati Papp, da Fernanda Paraguassu e de outras mamães viajandeiras.
Dicas, lugares legais, listinhas para bagagem e etecéteras.
Corre que está na banca, viu?
E ó, além do Guia, mergulhei na matéria sobre como se livrar da chupeta....
E ah! Traz um especial sobre festinhas de 1 ano.... foooooofo e cheio de idéias.

bjocas

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Plunct, Plact, Zum

Nós apresentamos o "carimbador maluco" ao Isaac.
A música se tornou uma das preferidas da cria assim que encontrei o CD Gente Miúda numa das baciadas das Lojas Americanas.
Filhote canta, imita e sabe frases que nem eu consigo pronunciar.
Uma lindeza.
Mas aí papai apresentou a ele o clipe do tal carimbador.
E tudo tomou forma, cor e rosto.
Tanto que outro dia estávamos brincando:

- Mamãe, quem você vai ser?

- Ah, eu vou ser o braquiossauro, pode? E você?

- Aaaa mamãããããe, deixa eu ser o Raul Seixas????

Como não?
Se for feliz assim, meu filho, que seja.
E cá entre nós, quem nunca quis ser o Maluco Beleza, hein? Hein? Hein?

Então, meninas, se matem de nostalgia:


Bjo bjo bjo

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