sexta-feira, 22 de novembro de 2013

iiii.... faz tempo....

Aí venho eu dar uma olhada no blog e tomo o choque.
Dois meses sem registrar nada.
Nada.
E tem acontecido tanta coisa.
Isaac está enorme, calça 28, alcança em quase tudo se fica na ponta dos pés.
Vai e vem sozinho.
Ao banheiro, pegar água no cozinha, escolher um brinquedo.
Está um moço, como diria minha avó Biby.

Mas não é só de graça que se desenvolve a vida, né?
Isaac argumenta melhor, pensa em mais estratégias, observa a gente com mais astúcia.
Hora se dá bem. Hora se arrepende. Hora se frustra.
E vai aprendendo a conviver com isso.

E falando em frustração...
Outro dia me peguei ensinando a ele que a vida é dura.
Que nem sempre a gente tem o que quer.
E nem sempre a gente pode querer.
Dessas coisas.

E pra me dar um susto ele aceitou tudo naturalmente.
Deu de ombros.
Pensou bem.
E na minha primeira crise de cansaço, onde digo em voz alta que gostaria de estar numa praia com o pé na areia ouço da criança:

 -É mamãe.... a gente nem sempre pode querer as coisas, né?

Tomo o susto e prossigo:

- É filho, tem razão...

- Mas até praia entra nessa mãe?

...

terça-feira, 3 de setembro de 2013

sobre buracos e percepções

Eu sei que estou um tanto sumida, mas a vida continua, né?
E Isaac, dentre tantas novidades e períodos mais generosos de calmaria, continua com sua cabecinha fervilhando de ideias.
Os olhos, cada dia mais atentos, agora formam quadrilha com ouvidos, boca e conclusões.
Uma coisa.

E então, que outro dia estava eu limpando as orelhas da cria e rola o seguinte papo:

- Mãe, como chama isso aqui? - questiona o menininho, esfregando as orelhas.

- Orelhas, filho.

- Não, mãe, o buraco nelas.

- Os buracos são os ouvidos. - Vamos simplificar, né gente?

- hummmm.... E como chama isso aqui? - questiona de novo, só que agora batendo na traseira.

- Popô?

Olhar reprovador.

- Bumbum - tento de novo mas não cola.

- Bunda???

- Nãããão mããããe. Aqui no meio, ó.

- Aaaaa.... o fiofó???? - respondeu eu, toda ingênua.

- Não é esse nome não! O outro.

Opa! Aula de anatomia no Jardim 1, a gente vê por aqui?!?!?!

- Bom, filho, o nome é ânus.

- Anos? Quantos anos?

- Não, amor, ânus. É esse o nome que a ciência deu pro fiofó dos seres humanos.

- Tá, mãe, mas eu quero saber aquele outro nome, o que é feio.

- Aaaaa.... tem gente que chama de koo (maneira fofa de falar que aprendi com a Mariana Sá, aquela linda).

- Koo?

- Isso.

- Aaaaa.... - para e pensa e continua - então se o furo do bumbum é o koo...

Lá vem bomba:

- O ouvido é o koo da orelha. Né, mãe?????

- É filho, faz sentido.

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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Do financeiro - parte 2 de infinitas, eu sei.

Isaac chega da casa da avó, todo feliz porque ganhou uma nota de cinco reais.
Ganhou porque a avó recebeu um punhado das notas novas no caixa eletrônico.

Além do dinheiro na mão, e louco pra encher o cofrinho, Isaac ficou todo curioso com a questão de notas velhas e falsas.

Chegou em casa e pediu que eu mostrasse uma nota das velhas, só pra comparar.

Mostrei uma e outra.
E respondi inúmeras perguntas sobre cor, tamanho, desenho, falsificações e valores.

Quando terminou todas as suas perguntas, Isaac olhou bem pra mim e na cara de pau que lhe é peculiar pediu se poderia ficar com as duas notas.
A velha e a nova.

Diante de toda aquela questão e interesses.
Cedi e deixei.

Ele logo fez uma cara de espertinho, deu dois passos, pelo longo espaço em que conseguiu segurar a agitação e soltou:

- yuhu!!!!! Agora tenho uma arara!!!!!

...

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Isaac fez cinco*

Filho querido,

a mamãe pensou em tanta coisa pra te dizer no seu dia.

pensou em fazer tantas coisas pra alegrar o seu aniversário.

mas a mamãe viu - e ainda bem que cedo - que não deveria pensar em nada.

que deveria só ficar perto. sentir seu cheiro. ouvir sua voz.

o calor que só você sabe me dar.

o cheiro de coisa boa, dever cumprido, amor de verdade, amizade. cheiro de filho que só a mãe sente.

e a voz doce. aliás, vezes doce como chocolate vezes azeda como limão. mas sempre a voz que me conforta, alegra, enche meu coração de paz.

e então, no meio de tanta correria, gente, hora. a mamãe resolveu que só ia te olhar crescer.

alí, aproveitando esse dia, que apesar de ser o dia em que Galileu Galilei apresentava o telescópio ao mundo, em que o Vaticano expunha o Santo Sudário pela primeira vez, e também é o dia em que nasciam Gene Simmons, Elvis Costello e Tim Burton, é um dia só seu.

(sim, nós já pesquisamos juntos na internet e já trocamos ideias sobre música e cinema. e também já conseguimos compartilhar alguns gostos e preferências)

o dia, em que lááá em 2008, às 21h15, você resolveu que estava na hora. e nasceu.

nasceu pra me fazer amar mais do que eu podia, ouvir mais do que eu imaginava conseguir, me fazer ser mais forte que o mundo e mais paciente que uma santa.

nasceu. assim. tão pequeno e tão cheio de si.

e hoje, dentro desse 1,09m e desses 20kg, aquele bebezico nem é mais tão frágil nem indefeso.

(sim. hoje você reina seus próprios mundos, defende castelos de dragões, luta com seus vilões - os imaginários e os de carne e osso. ah! só pra registrar, semana passada você começou a se defender na escola e a mamãe quase explodiu de orgulho. ps: não sou louca, tá? é que essas coisas são importantes, um dia você me entende)

então, isaac, já são 5 anos.

5.

metade de uma década.

comemorados com dinossauros, amigos e família.

comemorados todos os dias por esta mamãe aqui.

que chora com quase a mesma frequência com que baba.

que ama sem saber nem de onde vem tanto amor.

que ainda espia você dormir de madrugada (ok, namoradas de 2023, prometo parar com isso).

que ama ler e inventar histórias com você.

ver seu desenvolvimento. na natação e também as palavras novas do inglês e as letrinhas sendo rabiscadas na alfabetização.

parabéns, meu filho, minha vida, meu amigo.

uma vida inteira de bençãos a você.

...

* já?????

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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Do financeiro

Isaac resolveu que queria um brinquedo.
Uma fortuna.
E daqueles que a gente sabe que vão durar dois dias e logo serão esquecidos.
Bom,
então resolvemos usar o tal brinquedo para mostrar ao Isaac que se deve juntar dinheiro para comprar algo.

Forma lúdica, sem complicações.
Tá.
Logo, nomeamos as notas com os animais que elas carregam:

- 5,00 - garça
- 10,00 - arara
- 20,00 - mico
- 50, 00 - onça
- 100,00 - garoupa

até aí tudo lindo.
Mas acontece que o bendito brinquedo custava 4 garoupas (afe!) e nós explicamos que se ele economizasse, guardando as moedas e notinhas que conquistasse, um dia compraria o que quisesse.

(enfim, a esperança era que, até que uma tonelada de moedinhas se transformassem em quatrocentas pilas, a vontade da vez já fosse outra, mais útil e interessante)

Então se pôs Isaac a calcular animais.

- Mãe! Quantas araras dão uma garoupa?

E eu passei dias fazendo contas. Em números e animais.

Mas Isaac ia além e perguntava para quem bem entendesse, quantas garoupas a pessoa tinha nos bolsos.
Uma coisa.

E ele manteve firme o propósito.
Até que ganhou o tal brinquedo de um avô babão.
Ficou feliz.

- Agora posso gastar minhas moedas em outra coisa.

Mas aí é que colhemos os frutos.
Outro dia perguntei se ele pensava em gastar o dinheiro.

- Não mãe, ainda não tive vontade de abrir meus cofrinhos.

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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Sobre música*

- Mãe! Mãe! - grita o menininho lá do banheiro.

Eu, né? como mãe, corro, já pensando em todas as possibilidades desesperadoras existentes nesse mundo materno.

Chego no banheiro e lá está ele, sentado no trono, me olhando como se eu tivesse demorado uma eternidade para atravessar um simples corredor.

Demorei uma eternidade mesmo, até nos meus padrões mãe-drama-queen-indagando-deus-pelos-motivos-dos-gritos-do-filho.

Ele me olha, segurando dois livros, sempre dois que acompanham a sua produção de número dois diária:

- Mãe, me canta aquela música daquela cantora que vai roubar os anéis de Saturno?!?!

Aguentei cheirinho no banheiro e cantei, explodindo de amores.

*texto com um beijo enorme que cabe em Nalu e Giu.

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quinta-feira, 25 de julho de 2013

Das férias

Isaac é criança nada apegada aos pedais, bolas e corridas.
Não gosta. Não se interessa.
Diz que odeia futebol e que prefere os livros.
E daí que férias, né? pensei eu... bem que ele podia sair por aí descobrindo as delícias do vento batendo no rosto, da adrenalina, enfins...
Só que nada.
Ele quer é passar horas na locadora, garimpando velharias cinematográficas.
Ele quer cineminha.
Ele quer revistas aos montes.
Livros sem fim.
E paz e sossego nos braços tecnológicos de seu tablet.

Ms ontem eu resolvi que não seria assim.
- Vamos pro parque aqui do condomínio. - Determinei com ar bravo e decidido.

Ele foi.
Todo encapotado e com uma marra daquelas.
Lógico que não queria.
Mas eu tive ideia.
Daquelas que a gente tem quando tá quase desistindo de tudo. Sabe?!?!

Me enfiei no parque com ele e coloquei "fases" nas brincadeiras.
Como se fosse um videogame.
Obstáculos, missões, prêmios, bônus, tempo, tudo o que eu tinha direito.
Folhas secas viraram pontos de choque.
Sementes foram capturadas como energia.
Pedras eram obstáculos e bombas na areia.
No meio da loucura toda nós:

- corremos
- rimos
- escalamos
- escorregamos
- contamos
- equilibramos
- nos divertimos

e o melhor, tudo juntos.
Nós dois.

Ai ai...
A vida é tão simples.

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quarta-feira, 24 de julho de 2013

Do exercício físico...

- Vamos lá Isaac! pulando entre as árvores! - diz a mãe empolgada que resolveu jogar o sedentarismo de toda a residência pra um outro mundo.

E a cria vai, toda linda e saltitante. Diante de uma fileira de árvores, lembra dos números:

- Mãe, que árvore é essa?

- É a primeira.

- E essa?

- A segunda.

Pulos depois...

- E qual é essa Isaac? Aquela é a primeira, a segunda e essa é a.....

- Última. Vamos pra casa?

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segunda-feira, 15 de julho de 2013

Língua portuguesa

Isaac fala.
Fala.
Fala.
Mais que o homem da cobra.
Pelos cotovelos.
Acordado e dormindo.
E então que já tem suas brigas básicas com a Língua Portuguesa.
Básico.

Além de inventar palavras e significados, ele agora fala da maneira que mais lhe parece ter sentido.
A gramática da vez é a seguinte:

- Mãe, você desapaga a luz pra mim? Tá escuro aqui.

- Vou desacender a luz e vai ficar tuuuudo escuro.

- Hei! Você tá desaumentando o volume?

- Não desabaixa o som não!!!!

- Esse tênis está inconfortável.

- Esse sapato é desinconfortável.

- Essa brincadeira é chata. Esta desdivertida.

E por aí vai.

...

PS: A gente explica, mostra a maneira certa, muitas vezes mais simples, mas pra ele assim é melhor. Então tá. Vamos com calma.

...

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Das músicas mais antigas...


José, num momento saudosista (e de gosto duvidoso, para alguns), cantarola:

- Eu queria ser o banquinho da bicicleta....

Isaac dá aquela mirada, levanta as pestanas, engole a saliva mas não a curiosidade e manda:

- Ué, mas pq vc queria ser o banquinho da bicicleta, hein pai?!?!?!?!


...

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Você TEM que mandar em mim????

E então que chegou o dia...

Ah, o dia em que seu filho, não! no caso o meu filho. Aquela criaturinha loira que ontem mesmo cabia no meu colo...

O dia em que meu filho começou a me peitar.

Sério e de fato.

Eu falo algo e ele faz exatamente o contrário.

Peço e ele ignora.

Em tudo.

Falo com a orelhinha, sozinha, com as paredes.

Essa semana já ouvi as máximas:

- Você manda mesmo em mim?

- Eu só vou parar A HORA QUE EU QUISER.

- Você não manda em mim NÃO!

- E eu mando em quem?????

- Ai, lá vem você falando de respeito...

- Humpf...(vira os olhos, bufa, bate com as mãos nas coxas) ... eu tinha certeza que você ia falar isso.

E hoje, agora pouco, depois de eu falar um milhão de vezes "Isaac, não toque na lâmpada! Está quente e vai te queimar!" o mesmo Isaac mete o pezão descalço na lâmpada em questão, se queima e chora.
Depois do banho, pomada passada, ele olha bem pra mim e manda:

- Eu seeeei que você me avisou, mas você acha que manda em mim?????

...

Oh! Lord! E ele só tem quatro anos...

O que fazer?

...

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Sobre as manifestações e o momento politico atual

Isaac escuta quieto nossa conversa na hora do almoço.
Manifestações, povo na rua, direito, violência, partidos políticos, pronunciamento.
Ele só ouve esse mundo de palavra de gente grande e espera.
Eu e maridex continuamos falando sobre golpes, história, presidentes, copa das confederações.
Isaac espera.
Espera.
Até onde não se aguenta.

- Pai, do que vocês estão falando?

O pai explica, ou tenta, de uma maneira bem lúdica.

- As pessoas lá em SP estão muito chateadas porque andar de ônibus ficou mais caro.

- Mais caro quanto?

- Vinte centavos.

- hummm...

- E elas resolveram se juntar e fazer manifestações.

- Hã?

- Decidiram mostrar para as pessoas que mandam no preço do ônibus que o aumento não foi legal.

- Como?

- Elas vão até a rua segurando cartazes, gritando, pedindo que o preço da passagem seja bom para elas.

- ããããã...

Mas o pequeno continua com aquele olhar pensativo.

- E tem polícia?

- A polícia precisa ficar lá, filho, porque tem gente que manifesta com violência, quebra as coisas.

...

Isaac desviou o olhar e concluiu:

- Então lá em SP deve estar uma ZONA.

Fim.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

sim, seria.



seria infinitamente bacana se isaac aprendesse a se banhar, trocar, comer sozinho com a mesma destreza que aprendeu a arrotar em volume mais que alto, subir na janela, pular no sofá, escalar as portas de armário e trepar na pia do banheiro...

sim seria...

suspiros.

...

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Poetizando

Isaac não teve um de seus melhores domingos.
As coisas não foram bem do jeito que ele imaginou.
Mesmo no meio de um bando de crianças ele se sentiu sozinho.
E se entregou à solidão.
Atrás do sofá, debaixo da mesa, no canto da sala, com seus filminhos.
Inventou dor na perna, chorou, escolheu a afta como melhor amiga.
Se sentiu um estranho dentro da própria casa.

Depois, no final do dia, pediu colo, ficou junto, chorou mais.
Tomou banho, se aninhou, agarrou o paninho.
E antes de pegar no sono, me pegou pelo braço enquanto eu beijava sua testa.
Abriu os olhos com força e disse que tinha odiado o dia.

Quando perguntei o que ele estava sentindo, fez poesia com a angústia:

- Acho que estou doente, mamãe. Com uma dor forte aqui (no peito), que parece ânsia de vômito, mas quando o vômito não quer sair.

Teve uma noite das brabas, meu pequeno, quase não dormiu.
Chamou, gritou e ficou febril.
Eu abracei, forte, toda a madrugada.


...


segunda-feira, 3 de junho de 2013

A verdade, somente a verdade

E então que a culpa é minha.
Tá, sempre é, mas desta vez é mesmo.
Eu tô assim, além de culpada, sendo empurrada.
Estou num processo importantíssimo.
Decisões, escolhas, mudanças.
Elencando prioridades, colocando tudo na balança.
E qual o motivo disso?

Bom,
Além do "tá na hora", aliás, já passou dela, mas com certas coisas sou super cuidadosa, tem o motivo master de eu ter me perdido em alguns propósitos.
E esses, meu bem, tem tudo a ver com a Carol que escolheu constituir família, ser mãe, lutar por isso com todas as forças.

Eu fiquei sem tempo.
Tempo pra tudo e tempo para nada.
Horários, horários, horários.
Noites mal dormidas, dias mal aproveitados.
Qualidade de vida nível zero.

Logo, fui vendo como tudo isso afeta na vida lá em casa.
Sério, triste, mas graças a deus e a boa vontade do ser humano, tem conserto.
Primeiro que eu vivo morta. De cansaço e falta de vontade.
Depois que ninguém é feliz assim.
E se eu não tô feliz....

Esse feriado mesmo.
Trabalhei na quinta, na sexta e no domingo.
Ontem a tarde vi que Isaac estava a ponto de me matar sufocada com uma peça de lego.
Olhei bem nos olhos dele e perguntei:

- A mamãe está muito chata?

- Ô se está.

Morri um pouco.
E com uma dor inexplicável prometi a ele e a mim mesma que as coisas iriam mudar.
Iriam , não! Já começaram.
Decidido, definido, pronto.

Hoje vai ser diferente.
Tapete da sala, corrida pelos quartos, relógio bem longe.
E eu escrevendo agora, sinto outra coisa.
A saudade que eu estava disso tudo.
Dessa vida.

...

Observações para mim mesma:
Não, ainda não é uma opção tirar Isaac do inglês e da natação.
Primeiro que natação, além de fazer bem à saúde e ser uma questão de segurança, filhote gosta, se sente bem. Sente falta da atividade quando não vai.
E o inglês - tirando o contato com outro idioma (o que acho sim importantíssimo já que tudo é ou tem a língua inglesa no meio) - é um momento de confraternização com os amigos. São 3 meninos na turma, que se gostam e se entendem. E por mais que eu ame brincar com meu filho, sei que nunca vou superar as brincadeiras com os pequenos da mesma idade.
E eu não matriculei Isaac nessas atividades por desespero. Nem estou procurando desculpas para terceirizar momentos com o meu filho, até porque enquanto ele está lá, sendo criança, eu estou na salinha de espera, sendo mãe.

...


segunda-feira, 20 de maio de 2013

Uma semana...

Uma vida inteira.
Eu passei uma vida inteira vivendo como se ela nunca fosse ter fim.
Pois ela me parecia eterna.
De uma força tão imensa e tão intensa, que mesmo ela envelhecendo, mesmo com a tal demência frontal, eu tinha certeza absoluta que ela estaria alí para sempre.
E estará, eu sei.

Mas há uma semana precisei aceitar que ela se fosse.
Aliás, mais que isso.
Do dia que ela entrou no hospital, com seus 88 anos, eu mesmo sem querer aceitei.

Engoli o tempo, a idade, a carne já enrugada e fraca.
Engoli o choro.
Muito.
E hoje engulo a saudade.
Todo dia um pouco. Aos litros.
Mas não me engasgo com ela.
Aliás, a vida toda achei que engasgaria.
Mas não.

Dona Elisa foi um exemplo tão exemplo, de tudo, nessa vida, que fica difícil ter um sentimento assim, claro, sobre ela.
Viva ou morta.
Ela, só ela, era um tratado inteiro.
Um evento.
Uma luz.

Tinha a gargalhada mais deliciosa desse mundo e quando chorava, chorava com a alma não com os olhos.
Tinha histórias. Uma porção.
De amores impossíveis, de cura, de família, de reza, dos pais.
Era italiana, daquelas nonas legítimas, matriarca de nascença.
Chama Isaac de Giuseppe, mas nunca me explicou porquê.
Costurava com as linhas e com um amor inexplicável que tudo unia.
Não desgrudou de seu crochê até o último segundo.
Era teimosa, com orgulho.
Despertava o que podia de bom nas pessoas e não houve um ser (humano ou não) que não tivesse se apaixonado por ela.
Aliás, minha vozinha era um anjo, um ser iluminado, sensitiva que só.

Enquanto pôde, ligou para toda a família, filhas e netos, toda a noite, e não dormia enquanto não abençoasse a todos nós.
Aos vezes me ligava com a certeza de que eu precisava de suas palavras.
E todas essas vezes acertava.
Tínhamos uma ligação única, de pensamento, de amor.
Segurou minhas mãos em todas as dificuldades que passei na vida.
E riu comigo todas as minhas alegrias.

Foi a confidente mais eficaz de todas que ainda possam vir existir.
Foi as palavras sábias que precisei ouvir.
Foi a vida, em vida.
E ainda é.
É tudo o que eu sei sobre ser mãe. E espero que seja sobre o ser avó.
Me ensinou sobre aceitar, contornar, desviar e encontrar caminhos para continuar.

Ela continuou.
Aceitou tudo o que lhe foi imposto e não caiu.
E se caiu, levantou.
E em todas as vezes, levantou firme, forte, sábia.
E com a mesma sabedoria, quando viu que era a hora, bufou.
E como quem diz "deixa pra lá, já cumpri todas as minhas missões aqui", foi viver melhor.
Descansar.

Obrigada, vó.
E se "Deus aperta mas não enforca", mesmo, confere aí pra mim e dê um jeito de me contar.

...

quarta-feira, 15 de maio de 2013

mais uma sobre religião

Domingo, dia das mães, Isaac perdeu mais uma bisa.
Esta bisa era a mais presente.
Fisicamente e por tantos ensinamentos. Ela estava sempre presente.
A perda foi minha, confesso, minha vozinha, que tantas vezes citei aqui, foi viver uma vida melhor.

E depois de velório, enterro, fui buscar filhote na casa da avó.
Ele me abraçou apertado e por preguiça, respeito ou nada pra dizer, nada falou.
Nem perguntou, cutucou, nada.

Logo minha sogra questionou se havíamos contado sobre a bisa.
Ele ouviu e ficou calado.
Lógico que contamos.
Ele estava sabendo e me apoiando nos dias que fui ao hospital ou chorei junto a minha mãe.
Isaac sabia do jeito dele o que estava acontecendo. E me sorria em cada vez que eu chorava.

Filhote ouviu o questionamento e deixou aquele olhar longe.
Refletiu por momentos.
Olhou para cima e para baixo e tocou no assunto:

- Mamãe, agora que a bisa se foi, ela vai rezar pra que lado?

- Como assim?

- Ela vai rezar pra cima ou pra baixo?

(lógico, nós rezamos para o papai do céu, que está no céu, né? e a bisa, que foi morar lá com ele....)

- Ixi, Isaac, acho que ela vai rezar reto agora.

Ele olhou bem pra mim e balançou a cabeça, dizendo que aquilo fazia sentido.

E voltou a brincar.

...

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Nota para mim:


Isaac entrou nesta semana naquela fase fofa de querer ser astronauta.

Aproveite e viaje com ele pro planeta que for.

Verde, amarelo, azul ou cheio de monstros.

Só viaje.

(sei que vou me agradecer)

aviso: Esta nota pode ser aproveitada por você e por aquela sua amiga, prima, vizinha...

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Desistir e ter paciência

nossa...quanto tempo...

esse post não é pra falar sobre a minha falta de vontade com o blog, nem com a paciência que tenho tido com essa falta de vontade, mas fala um pouco sobre o desejo que tenho em mim de não desistir dele. nunca.

...

isaac, meu filho lindo de 4 anos e quase 8 meses, está crescendo.
cresce em tamanho. perde as calças, as meias, os sapatos, as camisetas.
perde e ganha.
repassa uniforme para o primo, brinquedos aos amigos (que ele mesmo escolhe o que vai pra quem e eu me mato de orgulho - de mim e dele), roupas ao filho da moça que nos ajuda em casa.
e assim cresce como pessoa, ser, indivíduo.
está mais consciente de quem é, das consequências de ser, do agir, do sentir, do saber e do não saber.

e é aqui que começa o papo que motivou esse post.

e é aqui que o processo educacional, já complexo e intenso, se transforma.

lógico que (tentamos) seguimos na linha entre coerência e loucura.
entre paciência e loucura.
entre respirar fundo e sair correndo.
mas não desistimos.
eu não desisto.

acontece que isaac tem características bem marcantes.
e nesta fase vamos descobrindo que algumas delas devem ser trabalhadas o quanto antes.
o objetivo não é removê-las.
é aproveitar o melhor e o pior delas para o bem.
bem do isaac, desta família e alegria geral da nação.

ouvi de uma querida a máxima "nasceu de 7 meses" ao presenciar as crises de pressa que meu filho tem.
pensei em ter alí na frente uma adivinha.
isaac nasceu mesmo de 7 meses.

se é por conta disso ou não, eu não sei.
se é por cor causa dos meu erros de mãe coruja ao extremo, que sempre atendi tudo com rapidez, pode ser.
se é porque ele ainda não sabe que paciência é a maior riqueza que podemos carregar para a vida, talvez.

isaac vive com pressa.
não tem um pingo de paciência para esperar um prato ou uma resposta.
reclama, resmunga, se irrita.
uma novela.

e eu, graças a deus, pacientemente, tento mostrar que esse não é o melhor caminho.
(pra algumas coisas, talvez seja, mas agora acho que não é)

una então, a plena preguiça em ter paciência com a plena preguiça e com o fato de termos em casa um fruto de uma geração que vive do imediato, da rapidez e do descartável.

ontem mesmo tivemos duas experiências.
eu e isaac juntos.

voltando da escola ele adora tirar os sapatos no carro.
já expliquei que ele deve olhar para o cadarço antes de puxar.
mas ele não olha e fica uma arara quando o laço vira nó.
e puxa mais forte.
e o nó se torna um inimigo invencível.

resolvi usar a oportunidade para pedir que ele tentasse ir se livrando do nó até em casa.
como se fosse um jogo.
ele desistiu em 2 segundos.

insisti no lance da paciência.
nada.
zero.
e ouvi uma boa porção de "eu não consigos"
e estremeci em cada uma delas.

vi alí, então, a necessidade de falar sobre persistir.
contei que, se eu tivesse desistido não o teria.
aliás, não teria nem marido, nem namoro, nem faculdade, nem profissão.
sei que as dificuldades da vida parecem ser assunto duro demais para uma criança de 4 anos.
mas alí foi necessário.
não aguentei ver meu filho vencido por um nó de cadarço.

sei que da experiência de vida que ele tem, um nó pode ser uma muralha, mas é preciso começar a aprender a escalar, desbravar, descobrir.
e assim, aprender que para tudo há limites.
até entre não desistir e se entregar.
o que é extremamente normal.
se entregar não é uma doença, mas acho que não pode ser uma primeira opção.

num outro momento.
tivemos que ficar uma hora em uma sala de espera cheia de revistas velhas e nada pra fazer.
resolvi então baixar joguinho no celular.
em 15 minutos havíamos instalado e desinstalado 5 jogos.
não por mim.
mas isaac tentava jogar por segundos, não conseguia, e já resolvia o problema com "joga esse fora e baixa outro, mamãe".

guardei o celular e fui ensiná-lo a fazer esculturas com copos descartáveis.
nesse caso eu desisti.
e feliz, viu?

...


sexta-feira, 19 de abril de 2013

mais sobre religião

daqueles papos que vale a pena registrar.


- mamãe, como surgiu o cajado do Jack Frost?

(se não entendeu a pergunta, abra uma nova janela e pesquise "A Origem dos Guardiões" no tio google. se entendeu, pule para a próxima linha deste post)

- ele não ganhou o cajado do Homem na Lua?

- é, ganhou...

silêncio.

e menos de um segundo depois, papo retomado:

- e quem é esse homem da lua?

- hummm... pode ser o papai do céu, não pode?

- não!

- não?

(danou-se... explica como hein?)

- não, mamãe.

- então quem será esse cara?

(esse cara sou eu, Rei????)

- eu acho que é aquele que lutou com o dragão.

(notas: não assistimos novela em casa. mas, adoramos sambinha do Seu Jorge, aquele lindo.)

- o são jorge?

- é. ele.

- pode ser sim filho. tem razão.

- é, mãe, mas me explica uma coisa?

(danou-se... e agora? ligo pra glória perez?)

- explico. o que?

- como é que esse são jorge levou um cavalo marinho lá pra lua?

- cavalo marinho? aaaa.... ele tem um cavalo sim, branco, que não é marinho. é cavalo de quatro patas mesmo, com rabo e crina.

- aaaa.... igual aquele que fica perto de casa com a carroça que pega lixo pra usar de novo (le-se reciclável)?

- isso.

- coitadinho.

- do são jorge ou do cavalo?

- do cavalo. morar na lua deve ser bem legal.

- também acho.

suspiro.

- e nós, mamãe? o que vamos aprontar hoje?

(filho de quem esse menino, meu deus?)

- ô amor... nós vamos levar um monte de carinho pra vovó. ela está bem triste hoje.

- é?

- é. a sua bisa, a mamãe dela que mora láááááá no outro país, agora foi morar com o papai do céu.

- porque?

- ela estava muito velhinha.

- velhinha quanto? 30?

(ploft! momento depressão aos 33)

- não, amor. velhinha com 100.

- cem?

- é. e ela foi morar com o papai do céu...

silêncio.
por dois segundos.

- eu fui ao parque hoje e meu tênis tá lotadaço de areia.

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quarta-feira, 17 de abril de 2013

tempo, tempo, tempo, tempooooo

escrevo esse post, meio desajeitado, com essa música que não sai da cabeça desde ontem.
acontece que entre o tempo que vivo, milimetricamente calculado - se é que posso usar essa unidade de medida para tempo - tenho que explicar o tempo que o tempo tem ao meu filho de 4 anos.

isaac já estuda os dias, meses e momentos na escola, que esse ano lhe deu um calendário.
acho válido o aprendizado, mas morro de dó deles, tão pequeninos, já se prendendo a semana, ao final de semana - que aliás, isaac já reclama ser curto demais (filho de quem será esse menino?) - ao tempo que sobra e ao tempo que falta.

o tempo é ingrato sim.
as vezes sim as vezes não. mas é.
ingrato agora comigo, que tenho que mostrar o tamanho do tempo ao meu filho.

- mãe, já está na hora da natação?

- ainda não, filho, faltam 10 minutos...

- dez minutos é contar 1,2,3,4,5,6,7,8,9 e 10?

- não, amor, isso são 10 segundos.

- e quanto são 10 minutos?

- cada minuto tem 60 segundos. então são 600 segundos.

- nooooooossa! mas 600 é muito!

e ele se frustra, quando depois dos rápidos 10 minutos eu o chamo pra natação.

e como se não bastasse tudo o que contar o tempo engloba - falo aqui da questão psicológica, cansadológica e culpológica da coisa toda - agora eu tenho é que me virar na medidas.
uma fita métrica seria linda. uma que conseguisse tal proeza.

- mãe, nós já vamos pro inglês?

- ainda não. falta meia hora.

- meia hora? quanto é meia hora?

- 30 minutos.

- hummm... e quanto é isso?

pensei e, no cansaço todo, na vontade de chorar, de sentar e brincar sem olhar pro relógio, me rendi:

- 30 minutos é um desenho do diskovery.

ele entendeu.
eu tô tentando me entender até agora.
ou eternamente.



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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Rejeitada

Isaac não me ama mais.
buááááááá.......
Pronto.
Limpa rostinho.
Drama feito, posso continuar...

Acontece que eu, tão acostumada a ter o grude da mamãe sempre por perto agora me vejo jogada de escanteio.
Sério.
Ele não vê mais graça em mim.
(escorre lagrimazinha)
Ele não me dá mais tanta bola.
(solucinho)
Ele prefere assistir o Ben 10 do que brincar comigo no chão da sala.
(toma golinho dágua)
Ele bufa e olha pra cima quando eu tento uma aproximação.
(mão na cabeça e suspiro profundo)

Diz a Querida Psicóloga (e eu resumo aqui bem resumidinho) que a culpa é do Édipo, aquele sacana.
Que é uma fase em que Isaac está se sentindo excluído por eu não deixar que ele tome o lugar do pai, do meu trabalho e seja tudo pra mim nessa vida.
Mas ele é! - diz a mãe indignada, contida e sofredora.

Ele é. Mas nem tanto, saca?
Não pode ser.

E então que agora ele se vinga de mim com um comportamento "sai daqui que eu não preciso de você" com pitadas "vou fazer muita coisa pra te provocar".

Logo, como consequência eu virei a chata da rotina que envolve tomar banho, remédio, escovar os dentes, dormir na hora, natação, pediatra, dentista, aula de inglês.
É o que temos feito juntos.

Ontem tentei até o fim do dia que ele sentasse pra brincar comigo.
Uma das respostas foi "eu ainda tenho uns minutos no iPad, né?" e a outra foi "agora é hora do filminho".
Choro? Choooooro escondidinha no banheiro.

Acabou?
Nada.
Na tal hora do filminho sentei pra assistir junto e ganhei uma bufada catalã. Daquelas que me deu saudade de Barcelona.

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terça-feira, 9 de abril de 2013

Bendita Palmilha!

Isaac, coitadinho, nasceu com o pé chato.
De tudo que podia herdar, herdou a pisada torta.
E desde o ano passado ele usa a tal palmilha ortopédica.
No começo fiquei ultra feliz por terem abolido da face terrestre aquelas botinas duras, com sola de madeira, que euzinha tive que usar na infância.
Era horrível, era medonha, era pesada, era uma arma ultra secreta contra as canelinhas inimigas do jardim da infância.
Enfim, voltemos a palmilha, que o que interessa neste blog é falar do filho, né? E do pé chato dele.
Bom, mas acontece que a tecnologia aqui, não é lá tão amiga.
A palmilha não é de madeira, não é medonha, não é arma que nada, maaaaaaassssss...
Não entra em p~#*@ de sapato algum!!!!!
Explico.
Pela curva do pé chato do Isaac, a palmilha tem que ter um lado mais alto.
A primeira que fizemos, depois de uma longa caminhada enfiando e desenfiando a bendita em inúmeros modelos e marcas diferentes, vendo filho estressar e gritar ao ver uma loja de calçados, conseguimos sucesso com uma botinha de uma única marca, a qual, na cidade inteira, havia o único par que comprei.
Acontece que a botinha é até bonita, mas é quente.
Quente assim, pra usar no Alasca.
E chegado o calor, aposentamos botinha, palmilha e o que mais lembrasse aquilo tudo.
Começo de ano, retomemos rotina, lá vamos nós no ortopedista.
Nova palmilha receitada, dei eu ao médico minha demostração master de mãe neurótica, sofredora e militante contra as botinhas quentes e as palmilhas que não se enfiam em lugar algum.
(enfiariam sim, em algum orifício do doutor, caso ele falasse que eu não tinha escolha)
Ortopedista deu risadinha e então, como se fosse a coisa mais natural desse mundo, receitou uma de "baixo perfil".
Assim, como se fosse a solução de todos os problemas desse mundão...
Ontem, então, toda meninona, fui buscar a tal palmilha que pensei eu caberia até em sandália havaiana.
Mentira!
O c@$%&*!
Passei o resto da tarde com Isaac debaixo de um braço e o par de palmilhas do outro, procurando um modelo de tênis que comportasse a bendita palmilha mais o pé do meu filho.
A grande m#$%d@ é que nem a indústria calçadista nem a medicina ortopédica estão preparadas para a P~##@ de um problema de pé chato que faz parte dos anais da medicina desde os anos 70.
Não, cara colega, não existe tênis, sandália, sapatênis, bota, cano alto, cano baixo, com cadarço ou sem que resolvam tal questão.
Zero. Nulo.
Aí você, no meio da busca louca, se encontra com vendedoras que tem a coragem de olhar nos olhos e falar   que dois números maiores ajudariam.
Você, em grau master de cansaço, já imaginando as palmilhas azuis rodopiando numa viagem descarga abaixo, aceita a sugestão e vê seu filho tropeçando e perdendo o tênis no meio da loja, porque né? dois números a mais, certeza que ia sair do pé... ainda ouve a lindinha dizer que "é assim mesmo, depois eles acostumam".
Acabei, eu mesma me atendendo numa dessas lojas grandes de material esportivo, aquela com nome de personagem mitológico que é metade gente metade cavalo (porque, né? vamos combinar que eles são demais, são tudo o que preciso e não precisam me atender direito nunca nunca NUNCA - fica o protesto porque o atendimento deles lá é que rodopiou na descarga, não desceu e foi parar tudo no shopping aqui da city), e achei um modelinho assim, não gostei muito mas não tem tu vai tu mesmo.... tá grande mas tá valendo... paguei uma nota e vamos que vamos readaptar o filho na função ortopédica toda.
#prontofalei
e
#aiquesaudadedabotinha

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quinta-feira, 28 de março de 2013

Síndrome do Locutor de Rádio dos Anos 50

Bem que eu pensei num nome menor pra tal momento da vida, mas não consegui.
E vá lá, né?
Sou radialista, locutora, apaixonada, tals....
Combinou.

Acontece que Isaac passou um tempão trocando os erres pelos eles.
Até dois meses atrás a cria não tinha jeito de acertar a pronúncia.
Aí eu marquei com Querida Fonoaudióloga.
Pedi ajuda como toda mãe desesperada e trabalhada no drama.
Dois dias antes da consulta Isaac saiu falando ra-re-ri-ro-ru como se nunca a dificuldade houvesse.
(valeu vovó Nilza pela força, com toda aquela história de paRaíso)

Cheguei na Fono com cara de tacho, mas ainda tinha um monte de duvidazinhas.
Isaac ainda não sabia que jeito juntaria o erre com outras consoantes.
GR, TR, PR, VR... tudo saindo meio estranho.

A Querida Fono nos passou uns exercícios.
Hoje, tempinho depois, Isaac já está craque.
Ou quase.

Acontece que desde segunda-feira ele aprendeu a soltar o errrrrrrrrre, com bastante ar, batendo a língua nos dentes.
(alô tia Perla! ele faz a moto, o carro e qualquer meio de transporte que você queira)
Logo, vivo numa viagem no tempo, ouvindo as locuções da Radio Nacional. Ou da PRG8, pra ser mais bairrista.

Abrrrrrraço, Irrrrrron, Carrrrrinho, Aprrrrrender, Pirrrrrrata.

E vamos que vamos.
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quarta-feira, 27 de março de 2013

da sensibilidade

Isaac vem desenvolvendo suas características de personalidade todo dia. Toda hora.
Mas já é certo que ele é pessoa sensível.
E é mais sensível ainda porque observa cada movimento que esse  mundo dá.
Bom,
além disso tudo ele é apaixonado pela sétima arte.
Filmes novos, antigos, animação ou não, curta, longa. Ele se abre a tudo.
Admira, assiste, analisa e pergunta por dias e meses, dependendo do impacto que a produção causa sobre sua pessoinha em formação.

Esse ano mesmo fomos assistir "As aventuras de Pi".
Certa de que era um drama, arrisquei e fui feliz.
Isaac adorou, mas até hoje usa o filme como referência para um momento triste.
E não precisa ser assiiiim triste. Mas ele liga.
Usa pra explicar a intensidade da tristeza que ele ainda tenta entender.

Ontem a noite, pediu que eu lesse "Alice" antes de dormir.
Ele ouve atento as primeiras linhas, páginas.
Mas depois que a menina cai no buraco e se vê alí, entre crescer e decrescer, afogada na insegurança e curiosidade, Isaac suspira.

- Sabe mamãe, eu fico um pouco triste com esse livro aí.

- É filho??? Mas tem alguma parte que te faça sentir essa tristeza?

- Não. Eu fico triste assim, igual quando o Richard Parker foi para a floresta e deixou o Pi lá, sozinho.

Fechei o livro, dei um abraço e só disse que é normal sentir tristezas em algumas histórias ou filmes.
Que tem gente que gosta de escrever história triste, mas que são só histórias.
Disse que é normal a gente sentir vontade de chorar e é normal chorar se der vontade.
Ele chorou. Quietinho.
Apertou o rosto contra a baleia de pelúcia (Jubartina, registro aqui pra não te esquecer nunca, tá?).

- Mas eu vou ter sonhos ruins com esse livro aí.

- Bom, Isaac, isso a mamãe não tem como arrumar. Mas você sabe que se esse sonho ruim vier é só chamar, né?

- Sei. E você vem? Mesmo no sonho?

- Se você quiser eu vou sim.

E dormiu, meu pequeno, descobrindo que o país da Alice, o dele, o meu, não é essa Maravilha toda...

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terça-feira, 26 de março de 2013

Gentileza

Sabe aquela fase?
Qual delas? Pergunta a já calejada mãe de um menininho observador de 4 anos.

Pois então vou contar um causo:

Saí toda atarantada para entregar uma encomenda constituída por 35 frasquinhos de vidro.
Repousei a caixa repleta de frasquinhos, prontos, lindamente embalados, no banco da frente do carro.
Eis que surge a coisa mais linda desse mundo e se enfia no carro pisoteando no banco.
Isso, no banco onde repousava a caixa, que guardava os frágeis frasquinhos.
Peço uma, duas, dez vezes e nada.
O menino loiro só me olhava de rabo de olho e alí persistia.
Encarno a educadora errante e, no medo da merda feita, puxo a cria pela camiseta.
De quebra ele ganha um beliscão no meio das costas.
Pele e camiseta vieram as duas juntas no meio do pacote do desespero materno.
Ele emburra, acha um absurdo.
Eu, toda cheia de culpa, prefiro não mexer muito pra não feder, enfio menininho emburrado no carro e saio.
No meio da caminho dessa graça de vida havia uma outra figura.
Velhinho, cabeça branca, bengala em punho, tentando atravessar rua movimentada.
Fiz o que meu coração e educação mandaram (alô mamãe!) e parei o trânsito.
Pus carro no meio da via, esperei senhorzinho (que nem agradeceu, buá) atravessar e segui.
Mas eu não perco a mania:

- Viu, filho?!?! Nós acabamos de fazer uma gentileza.

Ele bufa, olha pra mim como quem olha um pão embolorado, olha o senhorzinho e resmunga alguma coisa.
Não ouvi e, lógico, pedi que repetisse.
E tomei:

- Gentileza seria se você não me beliscasse. Nunca mais!

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segunda-feira, 25 de março de 2013

Cineminha: Os Croods

Eu nem tenho muito pra falar de "Os Croods".
Só que estamos vivendo uma fase muito boa do cinema de animação, que eu ri lindamente e melhor, ouvi as crianças rindo e entendendo a maioria das piadinhas traduzidas alí.

Vale a pena.
Principalmente se você for daquelas que adora um bom dilema familiar...

Bjo e ótima semana!


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sábado, 23 de março de 2013

Ele quer uma mãe perua

Então que além de perceber todo o processo que é a maternidade, agora convivo também com as vontades, ideias e expectativas que Isaac tem de mim.
Entendo, acho lindo e engraçado até, mas me faz pensar.
Explico.
Em toda oportunidade que tem Isaac me arruma.
Como assim?

No último Dia das Mães ganhei um par de sapatos que, em cada pé, pra ser mais específica, conseguiram colocar dourado, estampa de oncinha e um broche de caveiras com pedras.
E foi ele quem escolheu.
E eu ganhei, usei e uso até hoje. Uso do meu jeito, mais despojado, mas uso.
Ontem mesmo ele madrugou e veio todo amassado, arrastando paninho e travesseiro, me encontrar louca de atrasada em frente aos armários.

-Vou te ajudar a escolher uma roupa. Disse o menininho todo decidido.

Entre "danou-se" e "ai que delícia" um milhão de coisas passaram pela minha cabeça.
Deixei que o fizesse.
Pra roupa ele até que escolheu uma básica (o que sobra no meu guarda-roupas), mas ele endoideceu quando a gaveta de acessórios foi aberta.
Dois anéis.
Dois colares.
Brinco.
Fuça fuça fuça.
A hora que achei que toda a função tinha terminado:

- Mãe! Você esqueceu das pulseiras!!!!

E não parou por aí.
Ele quis escolher o sapato.
Estava com um de saltão na mão quando eu tive que interferir.
Chovia lá fora e eu só consigo achar lugar pra estacionar perto da escolinha uma duas ou três quadras de distância. Depois volto pro carro com Isaac, mochila, lancheira, pasta de tarefa, tudo sendo equilibrado.
Ele olhou bem, buscou a sapatilha mais estrambólica, bem rosa, com partes brilhantes e me deu sorrindo.

Lógico que coloquei no pé.
Lógico que troquei assim que entrei no carro.
E lógico que destroquei quando parei na porta da escola pra buscá-lo.
E até que ela combinou bem com o guarda-chuva verde em forma de sapo que me acompanha nesses dias.
Como não?!?!

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sexta-feira, 22 de março de 2013

Descobri que...


... com um filho de 4 anos, você se emociona e chora com o fato de achar lindo não sobreviver mais sem uma bolsa grande onde caibam um livro, uma blusa #4 e um punhado de tampinhas de garrafa.

(e chora mesmo, depois de um dia tenso cheio de perguntas, birras, manhãs e conversinhas sérias)

que o final de semana seja ensolarado, mesmo que chuvoso.

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quinta-feira, 21 de março de 2013

Ele nasceu conehead, mas passou.

Então...
Estava eu pensando esses dias.
Será meu Deus que a maternidade perdeu a graça pra mim?
Será que eu nunca mais verei toda essa loucura com aqueles óculos coloridos?

Acontece que eu não tenho tido muito assunto pra vir falar aqui.
Fato que não sou radical em nada.
Fato que passeio hoje por uma boa quantia de ferramentas e redes sociais, o que faz com que eu acabe me perdendo, confesso.
Fato que estou com a vida agitadíssima, me adaptando a nova condição de mãetorista 100% da semana e de quebra a de empreendedora, com síndrome de "para o alto e avante".
Fato que imagino ser uma adaptação eterna e infinita.
Tudo ok...

Aí me peguei pensando num post pro blog ontem, despertado pela imagem que tenho nítida aqui, de que quando me via em trabalho de parto a um milhão de 6 horas só pensava se tinha lembrado de falar para o José que havia a possibilidade de Isaac nascer com a cabeça um tanto pontuda, caso todo o processo se estendesse.
Eu não pensava na dor, eu não pensava na rádio concorrente que tocava lá longe em algum lugar do centro cirúrgico, eu não pensava na minha mãe nem na minha barriga. Eu pensava no cone.

Pois bem.
Passada a euforia, a cheirada forte que dei no recém parido filho, o ódio que tive da pediatra que olhou pra mim, alí, toda tonta com a situação, sem saber se meu braço era o meu braço, minha perna, meu cérebro idem, riu e disse que eu poderia me mexer para tocá-lo. Lembro nitidamente de José me sorrindo e dizendo que ele tinha a cabeça em formato de cone.

Sei que essa cena, esse sorriso, essa fala podem ser fruto da minha imaginação. Sei sim. E não me vejo louca por isso.
Mas me entregar ao soninho pós cesárea tendo certeza de que José entendeu que seria normal tal formato geométrico e não que tínhamos parido um alien, me acalentou no momento. Peças pregadas pela própria consciência, a gente vê por aqui.

Confesso que ter um filho usando gorro eternamente não me incomodava mais do que um filho que tivesse dedos sobrando ou faltando (pesadelo gestacional, a gente viu por aqui), portanto conehead não era um problema pra mim. Até porque de tudo o que li na gravidez, o que lembro mesmo é que isso seria passageiro, caso acontecesse.

Bom,
eu não vou perder tempo procurando o nome científico, médico, hospitalar de tal fenômeno.
Fato que, quando voltamos pra casa com a cria, dois dias depois, cone não mais havia.
Fato que fiquei aliviada, lógico, mas passou.

E é aqui que chego no ponto.
Passou.
Passou talvez como tenha passado minha vontade de blogar.
Passou como talvez tenha passado toda aquela euforia sobre maternar, gerar, descobrir.
E talvez mesmo tenha passado porque eu me encontro no meio de um tornado educacional, complexo e cheio de vírgulas e explicações e consequências e psicologias.

Não sei.
Não sei nem se passou.
Se o tal momento sobre o cone ainda esteja aqui por algum motivo? Vai saber.
Se Freud não explica, quem sou eu?

Eu, essa que agora vive.
E vai e leva e busca e estressa e se decide e senta e chora.
E fica e abraça e se culpa e dá risada e analisa e engole a bronca e vive no meio da birra.
E permanece e entende que é fase e observa e se permite e erra e acerta e espera.
E tecla. Sem parar.

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quarta-feira, 13 de março de 2013

Sobre a BUNDA

Isaac está numa fase doida.
Do um zilhão de palavras que ele fala por dia, metade delas representam a anatomia humana.
Não acho ruim.
É fase.
Está se descobrindo como homem, como ser. Com diferenças e necessidades.
Mas acontece que ele tem achado graça master em ser um Ari Toledo mirim.
Fala bunda, pipi, cocô, pum e pitica (apelido do órgão sexual feminino por aqui) aos quatro ventos.
Inventa músicas, frases, histórias.
Muda o nome das coisas e acrescenta bunda a todas as fonéticas possíveis.

Não fico brava. Só explico.
Falo que há lugares e momentos certos pra colocar as "bundas de fora".
Ele não entende não.
Acha um absurdo coisa tão natural "que todo mundo tem, né mamãe?", ter que ficar só dentro da cabeça da gente.

Eu não sou das bocas mais limpas desse planeta, mas ele não me vê falando da minha própria ou da bunda alheia assim, nas rodinhas e reuniões.
Mas sei que é o básico da idade.
Já convivi com outras crianças que, no auge dos seus 4 anos, gritavam BUNDA assim, como se fosse a melhor palavra do mundo a ser dita.

Já recebi olhares horrorizados.
Já fui vítima de bullying nas rodinhas de mães.
Já dei risada de tudo isso.
E já fui séria quando necessário.

Mas e aí?
Uma hora acaba, né?

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sexta-feira, 8 de março de 2013

Do exemplo...

Que "criança vê criança repete" já estamos todos carecas de saber.

Mas é engraçado perceber isso no dia-a-dia, né?

Já ouvi do filhote as seguintes reprises do que eu mesma falo:

- Estou com enxaqueca.

- Pai amado! Que calor é esse?

- Sente, mamãe, que vento abençoado.

- Iron! Volte já aqui que eu vou dar um nó no seu pipi! (não, não torturamos animaizinhos, é só um jeito de demonstrar raivinha diante dos xixis pela casa)

- Afe!

- Você não me entende! Você realmente não me entende!

- Vou só dar uma descansada, tá?

E esses dias, me veio com a pérola plagiada, todo cheio de si. Achado que ia colar mesmo e eu ia ceder, deixando que ele almoçasse na sala, vendo tv:

- Olha mãe, como o papai não vem almoçar, a gente almoça na sala e assim deixa as meninas livres pra adiantar o serviço...

Mereço?
Mereço.

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segunda-feira, 4 de março de 2013

da curiosidade (dele e minha)

Das fases dessa vida.
Isaac está então naquelas de saber de tudo.
E não é a tal fase do porquê.
Ele quer saber como as coisas funcionam, como o tempo age na vida das pessoas, como os remédios curam, como a água é líquida, como a espuma do sabão se forma, se há o pause na brincadeira como no filme, onde estão as pessoas que já morreram, se papai do céu está vivo ou morto, como menino é menino e menina é menina, etc, etc, etc, infinitos etc...

Vamos então tentando responder tudo, da melhor maneira que podemos, em jeito e vocabulário próprios para a idade da cria.

O mais interessante é que quando nós queremos saber de onde vem tal atitude ou pergunta ele responde até onde quer e depois se blinda com um simples "eu não lembro".
E se fecha.
Nós?
Ficamos chupando o dedo.

Mas a curiosidade e o espírito explorador não param por aí.
Quando tocamos em algum assunto, ele fica meio desconfiado, responde até onde quer, mas longe de deixar quieto espera um tempo.
Espera e logo vem com a questão "mas porque você estava falando daquilo comigo?".
Oportunidade para retomar a conversa, o assunto, o papinho?
Sim.
Até onde ele quiser que o papinho vá.

Ufa...


sexta-feira, 1 de março de 2013

Quem manda em mim?

Isaac, com seus 4 anos e meio já tem certeza absoluta que é dono do próprio nariz.
Toma suas decisões, tem suas preferências e não se abala com nenhuma variação da palavra não.

... só que não...

Ele até pensa que manda no mundo, mas sabe bem que não é assim que a banda toca.
Damos a ele total poder de escolha, mas com os vetos que nos cabem.
Ele sabe disso, mas sofre, sofre, sofre quando suas vontades não são atendidas.

Argumenta, questiona, cansa, mas dar o braço a torcer é o mesmo que a morte.
Bufa, chora, esperneia, faz show e encena o dramalhão perguntando "porqueeeeeee?" com as mãos na cabeça.

Já entrou numas de enumerar quem manda em quê.
Já quase desencadeou guerra familiar dizendo que um manda mais que o outro lá em casa.
Já tentou muito mandar na gente, nos cachorros, em tudo.

Outro dia fico desconfiada ao ouvir o som do silêncio.

- Isaac! Tá tudo bem por aí?

- hã hã.

- E o que você está fazendo?

- Assistindo um filminho.

Como assim?

Chegou da escola, tirou a camiseta, foi pra sala, ligou a tv, se esticou no sofá e zero satisfação.
Aproveitei para um momento "calma lá meu filho".
Expliquei que as coisas não funcionam desta maneira.
Isaac sabe muito bem que tem hora pra assistir tv, que devemos aprovar ou não o que ele vai assistir.
Blá, blá, blá, televisão demais não é bacana, há programas que não são feitos para crianças da sua idade, blá, blá, blá...
Ele virou os olhos, emburrou.
E mandou, bem na minha cara:

- Tá. Você quer então que eu desligue agora ou não?

Oh! Adolescência! O que guarda para mim????

...


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Nada? Nada mesmo?

Sei não se sou eu, se é fase ou falta de vontade e inspiração.
Acontece que há dias venho, abro o blog, página em branco e nada.
Nada de ideia pra escrever.
Zero.
Sem problemas, eu fecho a página e penso "amanhã tem mais".
Mas é mentira.
Mentira da braba.
Eu venho de novo, olho pra tela, pro teclado, pra mim mesma, pras unhas descascadas, pra agenda ao lado, pra caixa de e-mails, pros papéis na mesa, pro fone, pro mouse, pra garrafa de água e pronto....
Foi-se.

Não que a vida de mãe tenha estacionado.
Não que Isaac tenha deixado suas gracinhas de lado.
Mas tô assim.
Cabeça cheia e vazia ao mesmo tempo.
Será possível?

Aí hoje resolvi que escreveria, nem se fosse uma abobrinha das grandes.
E não é que tô aqui enrolando, enrolando e enrolando e nem a abobrinha sai?!

Tô com dó de mim.

...

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Cirque du Soleil - no cinema...

Com surpresa vimos na programação do cinema que tinha filme do Cirque du Soleil.
Deve ser bom. - pensei.
Em 3D ainda? Vamos que vamos.

"Cirque du Soleil - Outros mundos" é mágico, lindo e hipnotizante.
O filme traz vários trechos de espetáculos da Companhia, entrelaçados com a história apaixonante de uma mocinha por um acrobata.

Isaac ficou com os olhos pregados na tela.
Cansou um pouco em alguns momentos, mas curtiu.
Eu adorei.
Ainda mais sob minha frustração por ingressos tão (mas tão tão tão) caros para assistir a temporada de "Corteo" que o Cirque traz para o Brasil este ano.


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Das nojeirazinhas desta fase

Isaac tem achado muita graça na natureza humana.
E nas necessidades naturais do ser humano também.
Mas não só do ser humano.
Virou campeão master em "Vaca amarela".
E está super orgulhoso do vocabulário que está acumulando.
São infinitas variações para fezes, melecas, arrotos e puns.

- Mamãe, você come cocô frito.

Se eu fico horrorizada com esse tipo de afirmação?
Necas.
Só respondo:

- E você, Isaac, come cocô assado, com calda de caca de nariz e cobertura de pum!

Pronto.
Assunto resolvido.

Não dou bronca, até porque não vejo motivo.
Apenas converso e mostro que há horas e lugares para falar sobre essas coisinhas fedidinhas.

Ele?
Acha graça, né?!
Começou até a compôr músicas bem no estilo banheiro público.
Lembram da "se você está contente bata palmas"?
Então saquem a versão fase nojo do Isaac:

- Se você tem bumbum solte um pum!
(aí faz o maior barulhão com a boca)

ou então

- Se você é porcalhão bate no meu popozão!

quer mais?

- Se você tem muita remela, então fica na janela.

- Se você tem muita caca dá risada... HAHAHA!!!

E ri feliz.

...


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Não estou só. Obrigada meninas...

E então que os comentários no post de ontem me caíram assim, como um abraço.
Daqueles bem quentes e apertados.
Obrigada de coração, meninas.

E ontem já comecei a me mexer pra mudar as coisas um tanto.
Isaac só teve natação então voltamos pra casa, curtimos lanchinho e ainda assistimos a um filme tão antigo quanto esta que vos tecla: Tartarugas Ninja.

Final do dia fomos caminhando de mãos dadas até o mercadinho que fica perto de casa, cantando e fazendo brincadeirinhas sobre puns, arrotos, catarros e fezes (ah....ser mãe de menino...).
Rimos um monte juntos.

Um bálsamo para esta mãe cansada e dolorida.

...


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Parem o mundo!

Enfim.
Depois de 2 meses no esquema pega na escola-leva pra casa-almoça-leva pra natação-psicóloga-inglês-mercado-padaria-quitanda-amigos-trabalho, eu deitei a cabeça no travesseiro e fiz o drama que me cabe:

Why me, Lord?!?!?!

Fiquei um tempo deitada olhando pro teto, tentando me lembrar de algum detalhe bacana do meu meio período com Isaac.
E nada.
Não lembrei. E também não vivi.
E quase me matei afogada com o travesseiro.

Fiquei com raiva.
Como assim?
O dia agora é feito de compromissos e obrigações e a gente quase nem brinca mais.
Não tem mais aqueles longos papos.
Não veste fantasia e rola no chão.
Nada.

A gente não anda mais pelo condomínio, a gente não para no Bosque pra se encher de areia, a gente não vai andar no shopping só pra ir conferir os cartazes novos do cinema.
Nada.
E ontem, quando ele pediu pra fazer o cineminha do final do dia eu dormi. Capotei na metade do filme.
E o pequeno só me acordou avisando que o filme tinha acabado e perguntou se já era hora de ir pra cama.

E que ódio que me deu.
Dos grandes.
Ódio de mim, dessa vida corrida.
Desse tempo que corre.

E como é que foi que as coisas ficaram desse jeito?
Matematicamente simples.
Enfie tudo o que der e o que não der em 24 horas.
Pronto.

Excedi o limite.
De tudo.
E deu que agora levo uma vida milimetricamente regida pelos segundos que me cabem.

E eu não quero viver assim.
Não quero e pronto.

...


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Dos livros e do blog

Acontece que eu me rendi aos livros.
De todas as maneiras.
Lê-los e escrevê-los.
Dos outros, já estou no segundo do ano.
Dos meus, já são dois, até o último ponto.
Infantis, curtinhos, mas cheios de mim, do Isaac e de mensagens. Ora positivas ora nem tanto assim.

Com vergonha confesso que ainda não encarei uma editora.
Falo mais comigo mesma sobre esse projeto do que coloco pra fora.
Mas eles estão aí. Aí mesmo.

Tem hora que esse assunto me dá coceira.
Tem hora que dá vontade de explodir.
De gritar, sair correndo.
Mas vamos devagar.
Respirando e entendendo que é sim possível.

E daí, que com tanta criatividade focada em outros pontos da vida, o blog meio que tá ficando empoeirado.
Peço desculpas.
Infinitas e imensas.
Mas retomo.
Retomo sim.

beijo grande.

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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Saldo do Carnaval (e do aprendizado sexual)


um menininho alegre, feliz e sorridente, com os seguintes aprendizados:

- "eu mato, eu mato que roubou minha cueca pra fazer pano de prato"

- "ei! você aí! me dá um dinheiro aí!"

- "olha a cabeleira do zezé! será que ele é, será que ele é?"...

- é mamãe???? é o quê????

- bicha? como assim? ele é bicho? que bicho?

bora então pra mais uma sessão de conversinhas sobre sexo, opções e diversidade.

a seguir cenas...

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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Do carnaval

Pois é.
Isaac curte uma folia.
Que delícia!
E logo, está desde o começo da semana, se preparando para o Carnaval da escola (que aliás está acontecendo agorinha).
Decidiu que fantasia colocaria.
Pronto.
Tudo certo.
Mas choveu e esfriou, né?
Então pensou naquela mais quentinha e pediu pra ir com uma, levando a outra na mochila.
Precavido esse menino.
Mas tá que ele me vira esses dias e diz:

- Olha mãe, eu vou de Hulk com chapéu.

- Chapéu? - pergunta a mãe toda trabalhada na loucura cotidiana, já se culpando por não lembrar onde enfiou o bendito chapéu do Hulk.

- É mãe... um chapéu.

- Um chapéu??? - enrolo mais um pouco - Aquele verde? (como se existisse um chapéu verde em casa).

Ele vira os olhos e tenta:

- Nããããão... Pode ser o chapéu do Woody.

- Hulk com chapéu do Woody, meu filho? De que planeta ele veio?

- Não veio de planeta não. Veio da sala da justiça!

- E eles estão distribuindo chapéu cowboy por lá?

- Nãããããão.... é que EU preciso de um chapéu.

- Por causa do..... sol?

- Nãããããão mãããããe....

- Então, ó, desculpa a mamãe, mas ela não entendeu nada mesmo.

- Ó, escuta bem. Presta bem atenção. Eu preciso de um chapéu pra jogar o confete pra cima.

Essa vida simples...
A gente é que complica...

Bom Carnaval pessoal!!!!!

....


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Religiosidade

Isaac é ser evoluído espiritualmente.
Até onde consigo entender, é um menino de 4 anos que fala sobre fantasmas, anjos e papai do céu com naturalidade ímpar.
Nasceu católico, já que foi batizado como tal.
Eu também. Sou católica desde que nasci, mas tenho me interessado demais pela doutrina espírita.
Mas assim, não sou super praticante em ambos os casos.
Acredito em Deus. Converso com ele todos os dias. Clamo a ele quando acho que é a hora.

Enfim,
Isaac tem tido pesadelos e quando acontece pede que eu faça uma oração.
Agradece junto conosco antes de dormir.
Faz a prece antes do lanchinho na escola.
Acredita.

E nos últimos dias tem pedido pra agradecer em silêncio, já deitado na cama.
Eu respeito e fico alí, observando ele fazer do jeito dele. Sempre de olhos fechados.
Ontem ele pediu que eu orasse em silêncio.
Assim que abri meus olhos vi que ele estava sorrindo.
Sorri também e ele concluiu:

- Mamãe, quando você faz oração vem um passarinho e leva uma mensagem ao papai do céu.

- Uma mensagem filho? Então ele tem nos ouvido?

- É. Mas quando ele não gosta de uma coisa ele joga a mensagem fora.

- Entendi.

- E quando ele gosta, troca cada mensagem por uma benção.

- E nós temos uma vida muito abençoada, né Isaac?

- É.

Sorriu, virou e dormiu.

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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Sobre sexo e reprodução - parte 2

E a conversinha apareceu de novo.
Mas desta vez não tive a sorte de contar com os fofos pinguiNHOs pra me ajudar nos exemplos.
A pergunta veio na lata.
Bem como eu achei que viria.
Mas por mais que a gente espere e saiba que ela vem, sempre bate aquele "deu merda" acompanhado de uma gaguejada sem graça.
E eu não escapei.
Só que também não me permiti amarelar.

- Mãe! Como é que os bebês vão parar alí dentro da barriga.

Ui! - veio uma voz estranha de dentro de mim.
Respirei fundo e pensei comigo mesma que tudo bem, nada de pânico.
Olhei no retrovisor e vi o menininho alí, de olhar curioso e já sem paciência pela demora na resposta.

- Como mãe? Como?

- Seguintes, Isaac, o papai e a mamãe namoram, bem namoradinho. Aí o papai coloca uma sementinha dentro da barriga da mamãe.

- E essa sementinha aí já é um bebê?

- Não. Para virar um bebê a sementinha precisa encontrar um ovinho.

- Ovinho de codorna?

- Não filho. No caso dos seres humanos, é ovinho de gente mesmo.

Olhei pelo retrovisor mais uma vez e não vi meu filho. Vi um ponto de interrogação bem seguro pelo cinto de três pontas da cadeirinha.

- Deixa eu explicar, Isaac. O papai é uma fábrica de sementinhas. A mamãe é uma fábrica de ovinhos. Quando os dois namoram, a sementinha tem que encontrar o ovinho dentro da barriga da mamãe. Pra aí sim  começarem a formar um bebezinho.

- Que primeiro é bem pequenininho, né?

- É.

- Hummmm....

- E você entendeu, filho?

Isaac soltou uma risadinha toda besta. Até achei que ele ia virar pra mim e me lascar com um "isso então é sexo, mamãe?", mas não.
A surpresa foi ainda maior.

- Achou engraçado esse negócio de semente e ovo, filho?

- Nãããão... É que eu pensei que o papai do céu mandava um raio lá de cima bem no meio da cabeça da mamãe. Aí o bebê ia morar dentro dela. Assim, pelo raio.

- E pela cabeça?

- É, ué. Pela cabeça.

- Interessante filho, mas acho mais prático que a sementinha entre por outro lugar.

Aí me dei conta da cilada que me meti.
Como assim falar de "outro lugar", Carolina?!?!?!
Então esperei pelos segundos mais longos de toda a eternidade.
Já imaginando quantas perguntas Isaac iria fazer sobre o tal outro lugar.
E logo ele suspira e abre a boca:

- Mas e o papai do céu nisso tudo? Achei que ele ajudasse de algum jeito.

Senti alí a decepção religiosa, e me aventurei em outro assunto polêmico:

- Ele ajuda sim, filho, mas desse negócio de plantar sementinha ele não entende muito não. Até onde eu sei, né?

- Hummm... então aumenta o som que eu gosto muito dessa música.

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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

ra-re-ri-ro-ru

Então que eu não tive medo de parto normal ou cesárea.
Não tive medo das mais de 200 injeções que tomei.
Não tive medo de bebê prematuro, de cuidar sozinha, dar vacina.
Mas confesso, tinha um pavor enorme de Isaac trocar o R pelo L eternamente.
Até pesadelos tive, vendo ele lá, formando em robótica, "agladecendo a mim pelo calinho e paciência".
Cheguei a incluir os Rs nas minhas orações diárias.

Mas acontece que, além de uma vida dramática, dei ao Isaac uma avó tudo de lindo.
Não é porque é minha mãe não, mas ela é danada, viu?
Isaac ficou duas semanas com ela durante as férias e ó, me recebeu um dia falando paRaíso.
Assim, mesmo, com o R que a palavra pede.

Olhinhos dele até se enchiam de lágrima a cada paRaíso pronunciado.
Então, de lá pra cá, damos um baile de carnaval a cada R que ele consegue falar.
Repetimos a palavra a cada acerto. Abraçamos, beijamos e damos parabéns.
E ele tá felizão.

Lógico que ainda não pronuncia perfeitamente. Básico que deixa escapar alguns Ls.
E com a nova conquista, ganhamos algumas pérolas.

Ele tá achando o máximo o som.
Então, agora cantarola as músicas preferidas apenas com ra ra ra ra ra....
Disse ao pai que havia lhe dado uma música de aniversário. Quando questionado que música, mandou ver no "ra ra re re re ri ruuuuuu".
Uma graça.

Além disso, Isaac está reaprendendo as palavras.
E tem se confundido um tanto.
A cor da gema do ovo, por exemplo, agora atende em três versões: amalelo, amarero, amarelo.
Ou então ele coloca R nas palavras que tem o L mesmo, e antes tava tudo bem: alicate, aricate.

E vamos que vamos, né?
Agora ele precisa treinar a língua pra falar PRoblema, BRiga, oBRigado, aBRaço, oGRO, palavrinhas que ainda saem meio tortas.

Ufa...

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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

A ficha caiu... ploft!

E daí, que relendo o post de ontem me dei conta de uma coisinha:
Falta muito pouco tempo pro Isaac começar a juntar as letrinhas.
Sei que ele não vai começar a ler esse ano, mas me digam:

O QUE SERÁ DESTE BLOG???

Será que ele vai se interessar? Pitacar? Palpitar? Se rebelar?
Filho de quem é, caras amigas, tenho cá meus medos.

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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Sobre a escola, o tempo e eu

Lá estava eu, de novo, esparramando a bunda pelas beiradas da cadeirinha colorida.
Primeira reunião do ano.
Conhecendo professora nova, reencontrando as mães do ano passado, sorrindo para as estreantes na turminha.
Prestei bem atenção aos novos detalhes da rotina do Isaac.

Inglês, aula de música, brinquedoteca, educação física, tarefinhas, projetos de leitura, corpo humano, virtudes e valores, ..., ..., ...

Prestei atenção.
Anotei.
Perguntei.

Pensei sobre o tempo, vi os pequeninos alí, nem tão pequeninos assim.
Cresceram.
Cresci.
Envelheci.
Mas sem dor, sem tristeza.
Só constatei alí que o tempo passa mesmo. E sem piedade.

O assunto desfralde deu lugar ao "eles pedem e a auxiliar os acompanha ao banheiro".
Toalhinha e tapetinhos ficaram lá no ano passado.
A caixinha com lápis, giz e caneta se transformou em um estojo grande, com duas repartições.
E cada um cuida do seu próprio material, nos explicou a professora.
E cada um reconhece o próprio nome, portanto mandem os itens etiquetados.

Alfabeto, escrita espontânea, evolução do desenho, coordenação específica.
Números, ciências, estudos sociais.
Livros, atividades, tesoura.

Novo pra ele, novo pra mim.
E vamos que vamos.

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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Mãe é ser humano

Tenho eu aprendido com a maternidade que, por mais que nós mães quisermos, nunca seremos só mães.
Explico.
A cada dia aceito mais que além de mãe - cargo que foi atribuído a mim pela natureza e por mim mesma numa escala um tantinho mais complexa - sou ser humano.
Ser humano mesmo, daqueles normais e as vezes nem tanto, sabe?
E tendo isso quase que resolvido dentro de mim, me permito ser mais humana nas ações que envolvem o Isaac.
Hoje, por exemplo, me permito responder a alguns infinitos porquês da cria com um belo e real NÃO SEI.
Isso.
Se eu não sei a resposta, digo que não sei.
(lógico que depois vou que nem uma louca procurar a resposta pra dar pra ele, me deem um desconto pois sou ser humano e não uma estátua maciça em ferro)
Se acho que é cedo demais pra discutir certos assuntos com ele, não enrolo, não invento historinha, digo que quando ele crescer vai entender tal assunto.
Tenho exposto com mais frequência minhas fraquezas.
Se o cansaço é realmente grande, explico, e peço que me deixe esticar as pernas por 20 minutos.
E dia desses, diante de um acontecimento muito triste, precisando eu colocar tudo pra fora, me permiti chorar. Chorar como uma criança.
E Isaac viu.
E veio ele me dar colo.
Alisar meu rosto e abraçar apertado.
Perguntou sobre meus motivos e respeitou quando eu disse que não queria passar toda aquela tristeza pra ele.
Ficou preocupado, dormiu de mãos dadas comigo.
E não perguntou mais sobre isso.
Lógico que não vou ficar chorando na frente dele. Até porque não faz parte do meu show.
Mas é bom saber que posso.
E é bom ensinar pra ele que eu não sou um super herói... ou um tipo e tirano invencível...
Certo?

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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Dica de Viagem: Floresta Nacional de Ipanema

Outro post de viagem que ficou no passado, perdido nos arquivos não organizados de fotos.
Mas ó, o lugar ainda existe, tá lá lindão e a dica ainda vale a pena.

Fomos passar um dia delícia na Floresta Nacional de Ipanema, em Iperó, pertinho de São Paulo.
A visita partiu de um convite de queridos que moram alí, no meio da história e da natureza.

Passeio ótimo.
Isaac curtiu horrores correndo, aprendendo, observando aves e os prédios antigos que ainda estão por lá, preservados, contando muito da história do nosso país.
Está lá o primeiro objeto de ferro fundido em nossa terra.

Segundo o site da Flona de Ipanema, as atividades de visitação realizadas têm nos fatos históricos seu principal eixo temático, e normalmente são associadas às visitas aos monumentos do Sítio Histórico. Essas atividades são complementadas com percursos de caminhadas em trilhas naturais, sobretudo na Mata Atlântica, e de recreação na área de lazer, onde podem ser encontrados quiosques, playground e um circuito de arvorismo.










Ótimo pra passar o dia.
Mais informações aqui ó.

 

Logística materna

E então que Isaac começa hoje mais um ano letivo.
Lá se foi meu menininho, todo orgulhoso, amanhecer no Jardim 1.
Logo, começo eu, a pensar em todas as novidades que esse ano trará.
Primeiro que filhote está mais moleque, evoluiu e muito nas lutinhas e cambalhotas durante as férias. Tenho até que registrar aqui que Isaac evoluiu também no quesito mordidas, tapas e pontapés.
(logo, já imagino o que me aguarda nas reuniões e rodinhas de mães na hora da saída)

Mas fora o comportamento, temos ai sala nova, professora nova, possíveis novos colegas. Tudo o que o volta ás aulas proporcional.
Temos também o novo aprendizado, o início da alfabetização, os novos traçados, as novas dúvidas e a nova infinidade de perguntas.

2013 também reserva novidades para esta mãe aqui.
Acontece que, relacionado a escola, Isaac não vai ter mais aqueles dois dias integrais.
Chorou um ano inteiro dizendo que não gostava. Sofreu. Sofri. Sofremos.
Decidimos então que pra escola mesmo ele só vai de manhã.
A tarde a Deus pertence?
Necas.
Pertence a ele. Ao Isaac.

Ficamos assim então.
Os dias são divididos entre natação, psicóloga e inglês.
Acho que é atividade pacas?
Acho sim. Mas pior seria se ele ficasse só em casa ou só me acompanhando aos afazeres domésticos ou repetindo programinhas básicos aqui da city a semana toda.

E eu me vejo agora com a função mãetorista mais do que intensa.
E não é só isso. Isaac tem só 4 anos. Em todas as suas atividades eu sento e espero.
Leio. Converso. Observo. Releio.
Aprendo mais sobre paciência e sobre mim.

Por enquanto Isaac tem adorado a natação.
São duas horas por semana, ou seja, dois dias de aula.
Ele também está louco para voltar ao inglês.
Somamos ai mais duas horas por semana, dois dias de aula.
E a Querida Psicóloga, mais dois dias na semana.

Rebolei e Remexi a agenda. Organizei horários e hábitos.
Noves fora, ainda temos um dia livre na semana. Pra ficar sentado no sofá, no meio dos brinquedos ou fazer qualquer coisa que der vontade.
Ufa.
E falo de dia livre porque os horários dessas atividades acabam pegando o meio da tarde. Aí já viu, some uma atividade nova a rotina já cheia de horários de uma criança.

Já experimentei dessa nova rotina nas férias.
Estou me adaptando a ela, assim como a cria, que tem odiado ir ao supermercado comigo e já fez amizade com a cabeleireira.
Sei que ela vai ficar mais intensa com o recomeço de tudo, mas venho me preparando.
E tenho tentado fazer Isaac entender que sua companhia agora é necessária não só na vida de mãe como na vida e dona de casa e mulher também.

O pilates?
Parei.
Sei que não está certo, mas é o que dá pra agora.
Logo retomo alguma atividade física. Logo me encaixo no meio disso tudo. Logo completo esse quebra-cabeças.
E tudo dá certo.
Que assim seja.

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sábado, 26 de janeiro de 2013

Dica de viagem: Cia dos Bichos - Cotia

Foi a primeira excursão do Isaac com os amigos da escolinha.
(e esta mãe desnaturada esqueceu de falar sobre)
O bilhete veio na agenda trazendo em anexo um menininho muito feliz e saltitante.
Eu, particularmente, acho até graça a gente sair daqui do interiorrrrrr pra fazer turismo rural quase na capital, mas adorei o passeio e recomendo muitíssimo.
A Cia dos Bichos fica em Cotia.
Saímos da frente da escola com céu ainda escuro, num ônibus de professora, seu violão, pequenos sonolentos e suas mães animadíssimas.
Foi uma delícia.
Além da experiência com os amiguinhos, Isaac mostrou que tem veia rural mesmo com essa mãe toda tecnológica.
Aproveitou todos os minutos da viagem e foi demais de fofo.

Bom, agora vamos ao que interessa.
Falamos aqui de uma fazenda onde as crianças correm soltas, tem contato direto com N tipo de animais, comem comidinha da fazenda, fazem trilha e mini rapel no meio da mata.
Tudo com monitores bem bacanas.









 
Mais sobre a Cia dos Bichos aqui ó.
 
...
 

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Resultado do sorteio

Sei que demorei.
Que furei.
Que me desculpei...

Então não farei mais suspenses sobre a feliz ganhadora da deliciosa cesta recheadíssima de Kinder Joy:



Sortuda!
Em breve entraremos em contato com você.
E às outras gatas participantes, meu muitpissimo obrigada.
Chorem não que logo logo tem mais.

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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Do sorteio e das desculpas

Olá meninas!!!!

Tá.
Podem xingar.
Sei que eu prometi o sorteio para terça, mas vocês que são mães entendem né?
Filho de férias e eu não.
Junte natação, psicóloga, aulas de inglês e amiguinhos da escola em casa.
Cadê sorteio então???
Só pra me fazer de coitadinha, explico que gosto mesmo é de complicar e o sorteio será na modalidade papelzinho, com filho jogando os nomes pra cima, aquela festa.
Faço hoje ou amanhã, sem mais desculpas ou demora.
Prometo.
Juro Juradinho.

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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

E o futuro? A quem pertence?

Isaac é menino decidido.
Ok.
Mas está longe da fase de pensar no futuro.
Ele se limita a dizer que, quando crescer, será engenheiro de espaçonaves, jornalista, homem aranha e Ben 10.
Como disse ontem, ele está aprendendo essa questão toda de tempo, de hoje, ontem e amanhã.
Vamos aos poucos.
Mas junte então, na equação sofredora-materna, Decisão e Tempo.

Outro dia estávamos falando sobre as vovós do Isaac.
Eu e ele.
Disse o que gosta em uma e o que gosta na outra.
Falou dos nomes, dos cabelos, das histórias.
E eu, besta que sou, disse que serei uma vozinha muito da bacana.

- Vozinha de quem?

- Dos meus netos, oras.

- E que netos?

- Bom, você é meu filho certo?

- Hum hum...

- E minha mãe é sua avó, né?

- Né.

E logo se pôs a pensar, já de testa franzida. Mas, como de costume me desafiou:

- Então você vai ser avó dos filhos de quem hein???

- Dos seus, Isaac. Serei a avó lindona dos seus filhotes.

Pronto. Fez-se a guerra e acabou comigo:

- Aaaaaaa, mas eu não vou casar nunca. Nem ter filho nunca!

E falou firme, até com dedinho indicador levantado, como um bom italianinho.

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